Com apenas três meses do novo mandato, 62% dos brasileiros desaprovam o governo Dilma

dilma_rousseff_483Descendo a ladeira – Dilma Vana Rousseff, a presidente da República, vive um momento de deterioração acelerada do seu governo, algo que pode ser conferido na mais recente pesquisa Datafolha, cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira (18). De acordo com o instituto, a aprovação do governo da petista despencou de 44%, em fevereiro deste ano, para 13% na categoria “ótimo ou bom”.

A situação piora sobremaneira quando analisado o índice dos que consideram o governo Dilma “ruim ou péssimo”, saltando de 33%, em fevereiro, para 62%. Apenas para fazer um registro histórico, faltando pouco tempo para o impeachment, o então presidente Fernando Collor de Mello tinha 68% de desaprovação. Ou seja, a petista caminha a passos largos na direção do calvário político, o que só será interrompido caso aconteça algum milagre.

O contingente dos que consideram o governo “regular” caiu de 33% para 24%. A pesquisa foi realizada na segunda e terça-feira, logo após as manifestações do último domingo que chacoalharam o Brasil e levaram doses extras de desespero ao Palácio do Planalto, cenário que fica evidente na tentativa desesperada dos parlamentares petistas que no Congresso Nacional fazem discursos estapafúrdios em defesa de Dilma e seus sequazes. O Datafolha ouviu 2.842 pessoas em todo o País.

A grave crise econômica e a onda de corrupção que varre o Brasil foram os motivos principais para essa abrupta queda de aprovação do governo, mas a preocupante crise político-institucional não pode ser desconsiderada. Dilma tem enorme dificuldades em lidar com o Parlamento, por isso reforçou a articulação institucional do governo, distribuindo a tarefa a outros ministros e esvaziando o poder de Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil.

Mal orientada e sem qualquer dose de humildade, Dilma tenta reverter o quadro impondo aos brasileiros mais uma lufada de mentiras. Quer a petista que a sociedade acredite na proposta anticorrupção que chega nesta quarta-feira ao Congresso, assim como espera que os cidadãos creiam no plano de ajuste fiscal anunciado pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda.

O grande entrave nessa epopéia é a falta de apoio político do governo no Congresso, sem o qual nenhuma medida será aprovada. E se isso acontecer, será no rastro de muita negociação e escambo deliberado. Caso a maioria dos brasileiros tivesse interesse pela política e conhecesse como funciona o Parlamento, por certo o índice de aprovação do governo seria muito menor.

No curto prazo não há como esperar uma melhora no quadro econômico do País, que sofre não apenas pelas questões internas, que são graves, mas também pelo que vem ocorrendo no cenário internacional, principalmente nos Estados Unidos, onde as autoridades monetárias começam a fechar a torneira que vinha despejando mensalmente bilhões de dólares no mercado para estimular a economia local. Fora isso, o desemprego nos EUA vem caindo e as taxas de juro começam a subir, o que por si só atrai o dinheiro dos investidores, sempre ávidos por papeis seguros e confiáveis.

Em suma, Dilma Rousseff que se prepare para os próximos meses, porque não será com discurso embusteiro e pirotecnia palaciana que a crise sairá de cena e o Brasil retomará a rota do crescimento. Enfim, como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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