Ditadura vermelha – Já antecipando a sede do governo de controle em cima da mídia, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu, em reunião fechada com a bancada, que o governo deve restringir a veiculação de publicidade nos veículos de comunicação que “apoiaram” e “convocaram” as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff no último domingo (15).
“Não se enganem. O monopólio da mídia não será quebrado apenas nas redes sociais. Isso é uma ilusão”. Afirmou o dirigente para, em seguida, dizer que a “quebra” do monopólio deve ser feita por meio de “uma nova política de anúncios para os veículos da grande mídia”.
Para justificar sua tese, ele citou um caso que o pegou de surpresa. “A Record, que sempre teve uma simpatia maior por nós, no domingo começou em rede aberta a convocar a manifestação. Foi uma briga por audiência. Nesse caso não foi nem má-fé”.
O presidente do PT disse à bancada que não adianta “minimizar” o que ocorreu no domingo, mas pontuou que o sucesso das manifestações se deve “exclusivamente” a convocação da “grande mídia”. Ainda segundo Falcão, as redes de TV “manipularam” os números de participantes.
Essa não é a primeira vez que Rui Falcão defende censura à imprensa. Em 2013, o Diretório Nacional do PT divulgou resolução em que defendia um “novo marco regulatório das comunicações”, um outro nome do “controle da mídia”, ou seja, censura. O governo Lula tentou, mais de uma vez, criar mecanismos para censurar a imprensa, e Dilma Rousseff, até então, não mostrava entusiasmo com a ideia. (Por Danielle Cabral Távora)
