Banco Central atuou pela reeleição de Dilma Rousseff, afirma o democrata Ronaldo Caiado

alexandre_tombini_08Usando a máquina – O Banco Central atuou como um mecanismo de apoio à reeleição da presidente Dilma Vana Rousseff, afirmou nesta terça-feira (24) o senador Ronaldo Caiado (GO), líder do Democratas.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com o presidente do BC, Alexandre Tombini, o senador questionou a súbita mudança da condução da política monetária logo após o segundo turno das eleições presidenciais, quando houve início da escalada do aumento da taxa básica de juro (Selic) e dos preços da gasolina, luz e transporte público. Caiado destacou que com o aval do Banco Central, o cidadão foi enganado e passou por um processo de estelionato eleitoral.

O líder democrata, ao ler a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro de 2014, demonstrou a posição do Banco Central de que não havia diagnóstico de aumentar os juros e nem os preços administrados (tarifas e combustível energia). No entanto, dois dias depois do resultado das urnas em outubro houve aumento dos juros, mantidos no mesmo patamar durante toda a campanha eleitoral.

“Como o Banco Central pode alegar independência, quando atuou como um elemento ligado à reeleição da presidente Dilma? Em setembro de 2014 estava tudo em céu de brigadeiro e em outubro, o governo ‘acordou’ começou a escalada sem fim do aumento dos juros”, argumentou.

Caiado citou a ata 185ª, referente à reunião do Copom de 2 e 3 de setembro de 2014, com destaque para o seguinte trecho: “projeta-se variação de 6% para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, em 2015, mesmo valor considerado na reunião do Comitê de julho: e de 4,9% em 2016, ante 4,8% considerados na reunião de julho”. Em outubro, porém, houve o aumento da taxa Selic, três dias depois do resultado das urnas.

“O Banco Central, monitorado pelo Palácio do Planalto, atuou muito mais em prol da campanha do que no resguardo da economia e da moeda brasileira. Essa postura é indefensável! Esse diagnóstico de desmantelamento da economia não foi repassado ao povo, que foi enganado. É daí que resulta o processo de ingovernabilidade da presidente Dilma Rousseff, da gestão do PT. Agora querem fazer ajuste fiscal. Ajuste fiscal do PT significa aumentar o desemprego e enfiar a mão no bolso do trabalhador”, acrescentou o parlamentar.

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