Petrolão: STJ nega pedido de liberdade de Renato Duque, que continuará preso na Polícia Federal

(Marcelo Camargo - ABr)
(Marcelo Camargo – ABr)
Sol quadrado – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nesta segunda-feira (6), habeas corpus a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, que continuará preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, na esteira da Operação Lava-Jato. A decisão é do desembargador Newton Trisotto, convocado para atuar no tribunal como relator dos pedidos de liberdade relativos à operação da PF no tribunal.

Ao tomar decisão de caráter liminar (provisória), Trisotto entendeu que é preciso que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) conclua o julgamento de outro pedido de liberdade de Duque antes da análise no STJ. O mérito do habeas corpus será analisado pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça.

Renato Duque é réu em processo que apura sua participação em crimes de fraude à licitação, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, todos decorrentes da Operação Lava-Jato. O ex-diretor foi preso no final do ano passado, mas liberado em dezembro após decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

Em 16 de março deste ano, Duque foi preso novamente, desta vez de forma preventiva após o juiz federal Sérgio Fernando Moro, que conduz os produz da Lava-Jato no Paraná, decretar a prisão com nova fundamentação.

Renato Duque é acusado pelos delatores do Petrolão de ser o operador do PT no escândalo de corrupção que durou uma década e sangrou os cofres da Petrobras. Duque chegou À diretoria de Serviços da estatal por indicação do Partido dos Trabalhadores, mais precisamente a pedido de José Dirceu, condenado à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT) e investigado por envolvimento no Petrolão.

Subordinado a Duque enquanto funcionário da Petrobras, o ex-gerente Pedro Barusco fez acordo de delação premiada e acusou o ex-chefe de participação no esquema criminoso. Após acordo com as autoridades da força-tarefa da Lava-Jato, Barusco concordou em devolver US$ 97 milhões desviados da estatal.

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