BNDES usa o suado dinheiro do contribuinte brasileiro para financiar aeroporto de Havana

bndes_01Ação entre amigos – Por que o BNDES promove o desenvolvimento em outros países, como Cuba, em vez de investir em obras estruturantes no Brasil? Por que financiar aeroporto em Cuba e permitir a “privatização” dos aeroportos brasileiros?

É exatamente isso que o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), quer entender. Para tanto, o parlamentar tucano cobra explicações do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, sobre a existência de financiamento de obras de ampliação e modernização de aeroportos em Cuba com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Cunha Lima protocolou na Mesa Diretora do Senado, nesta terça-feira (7), requerimento para que Armando Monteiro envie à Casa legislativa informações sobre o montante de recursos do BNDES destinado ao financiamento dessas obras; quais empresas brasileiras receberam verbas, e quais os critérios que foram adotados pelo banco na seleção dos empreendimentos e dos países beneficiados.

“É preciso fiscalizar a destinação e a aplicação de recursos públicos, principalmente em outros países”, alertou o senador.

Aeroporto de Havana

Reportagem do site da revista Veja, intitulada “Com crédito do BNDES, ampliação do aeroporto de Havana começa este mês”, revela detalhes das obras assinadas pela construtora Odebrecht, com informações dadas pelo diretor da construtora na ilha, Fábio Goebel, à imprensa cubana.

Na matéria, Goebel disse que o projeto é avaliado em US$ 207 milhões e consistirá na restauração e modernização do terminal 3, que atende voos internacionais na capital. Do total, US$ 150 milhões (ou 72,4%) serão financiados pelo BNDES.

O banco é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, razão pela qual o questionamento foi feito ao ministro da Pasta.

Aeroportos paraibanos

Cássio Cunha Lima lamentou a falta de ações nos aeroportos paraibanos como é o caso do Castro Pinto, que tem as suas instalações extremamente limitadas para recepcionar os usuários, “sequer um finger consegue-se instalar no nosso principal aeroporto”, lembrou. Finger é um equipamento que faz a ligação entre o terminal do aeroporto e o avião, poupando os passageiros de andar sob sol ou chuva.

O senador paraibano lembrou ainda a falta de obras nos aeroportos das cidades de Patos, Sousa e Cajazeiras, entre outros, e que poderiam, caso fossem homologados, nos casos específicos de Sousa e Cajazeiras, servirem para a criação de uma aviação regional minimamente competitiva.

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