CPI da Petrobras: PMDB quer acareação entre João Vaccari Neto, Renato Duque e Pedro Barusco

petrobras_18Dose de coragem – Enquanto a presidente Dilma Rousseff tenta fazer de Michel Temer, o vice, a ponte para um armistício com o PMDB no Congresso Nacional, onde o governo vem colecionando derrotas acachapantes e seguidas, o partido, que é o principal da base aliada, parece não estar disposto a trégua.

Pronto para participar da corrida presidencial de 2018 com candidato próprio, o PMDB não dará espaço à presidente Dilma, mesmo que o Palácio do Planalto aceite sentar-se diante do balcão de negócios em que se transformou o chamado “presidencialismo de coalizão”.

Com o Petrolão, o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, frequentando o noticiário nacional desde março de 2014 e sem previsão para sair de cena, o PMDB, que teve alguns dos seus integrantes arrolados na lista do procurador-geral da República, decidiu endurecer o jogo com o governo.

Na CPI da Petrobras, o deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS) diz que é preciso que a comissão criada para investigar a roubalheira na estatal promova uma acareação entre João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da petrolífera, e Pedro Barusco, ex-gerente da companhia.

Se o requerimento com o pedido da mencionada acareação for aprovado, a situação do PT e do governo federal sofrerá um duro golpe. Isso porque Barusco há muito resolveu abrir a caixa-preta do escândalo e tem falado muito além do que gostariam os envolvidos no escândalo.

Perondi, que defende o “olho no olho” entre os três, disse que no esquema de desvio de dinheiro na Petrobras, por fora estava Vaccari Neto, enquanto por dentro estavam Barusco e Duque.

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