Diretores dos Correios e do Postalis irão ao Senado para justificar rombo bilionário em fundo de pensão

roubo_01Mãos ao alto – A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (5) requerimento para ouvir o diretor-presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, o superintendente da Previdência Complementar (Previc), Carlos Alberto de Paula, e Antonio Carlos Conquista, atual gestor do Postalis, fundo de pensão dos funcionários empresa que um dia foi orgulho nacional, mas que hoje conta com um rombo de R$ 5,6 bilhões, fruto da malandragem desmedida que emoldura a era petista no Planalto Central.

Autor do requerimento de convocação, o líder do Democratas na Casa, Ronaldo Caiado (GO), quer explicações sobre os motivos que levaram o fundo a reter até 25% do salário de funcionários e pensionistas para pagar o prejuízo.

A medida adotada pela direção do Postalis é abusiva, não sem antes ser criminosa, pois não se pode impor, por meio de chantagem disfarçada, um custo adicional àqueles que contribuem para o fundo com o objetivo de complementar a aposentadoria.

“Os gestores desse fundo devem responder por esse absurdo e não os funcionários que foram enganados por uma diretoria que usou o dinheiro deles para comprar títulos da Venezuela. Pelo visto, o esquema de corrupção do Mensalão, que começou nos Correios, continuou firme e forte na empresa”, justificou Caiado.

O requerimento original previa ainda a convocação do ministro Ricardo Berzoini (Comunicações), mas após acordo entre Caiado e membros da comissão a presença de Berzoini ficou acordada para um segundo momento, caso as explicações dos diretores não satisfaçam o colegiado.

Esse acordo decorreu da pressão exercida pelo Palácio do Planalto sobre seus representantes na Casa legislativa, pois sabem os palacianos que um devassa no Postalis pode mandar o governo petista de Dilma Rousseff pelos ares, ao mesmo tempo em que implode o mito que se criou a partir o falso messianismo de Luiz Inácio da Silva, o apedeuta que agora enche o bolso atuando como lobista de empreiteira.

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