Jogral do crime – Requerimentos apresentados na CPI da Petrobras da Câmara, nesta semana, por deputados do PPS, pedem a convocação de ex-integrantes do chamado núcleo duro da Presidência da República. Os parlamentares pedem que sejam ouvidos na Comissão Parlamentar de Inquérito, criada para investigar o escândalo de corrupção que ficou conhecido como Petrolão, o ex-secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho; a ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann; e a ex-ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, todos filiados ao Partido dos Trabalhadores. Também propõem ouvir o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações).
O doleiro Alberto Youssef, em sessão da CPI da Petrobras, em Curitiba, disse que a Presidência da República sabia da existência de um esquema de corrupção na estatal e que repassou recursos ilícitos para Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo. Revelou ainda que Gilberto Carvalho e Ideli Salvatti faziam o elo entre diretores da petroleira investigados na Operação Lava-Jato e o Palácio do Planalto.
“A CPI precisa ouvir estes personagens que pertenceram à cúpula do Planalto e que são alvo de vários depoimentos dos operadores da propina na companhia de petróleo. Nos chama mais ainda a atenção que a sede do Executivo Federal tenha servido de bunker para a quadrilha que assaltou a Petrobras durante décadas”, justificam os autores dos requerimentos.
A declaração de Youssef aos integrantes da CPI da Petrobras não é novidade para os leitores do UCHO.INFO, que há muito foram informados de que a cúpula do governo federal (leia-se gestões Lula e Dilma) sabia do maior esquema de corrupção da história da humanidade. Em agosto de 2005, o editor do site afirmou que uma nova operação criminosa estava no berço da corrupção para substituir o Mensalão do PT. O projeto ilegal foi idealizado pelo então deputado federal José Janene, já falecido, e colocado em prática com a anuência de Luiz Inácio da Silva.
Em 2009, o editor do site e o empresário Hermes Magnus revelaram ao Ministério Público Federal, em São Paulo, o esquema de corrupção montado por Janene. Como o nascedouro da operação mafiosa era Londrina, o caso foi remetido ao MP do Paraná.
Paulo Bernardo e a mulher, Gleisi, figuram na lista de políticos investigados no Supremo Tribunal Federal por se beneficiarem do esquema de fraudes na Petrobras. A senadora do PT também foi apontada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, em delação premiada, de ter recebido R$ 1 milhão em propinas.
A informação de Costa foi confirmada e detalhada pelo doleiro da Lava-Jato, que no passado prestou serviços nada ortodoxos a Paulo Bernardo, a pedido do agora deputado cassado André Vargas, preso na operação da Polícia Federal.
