De olho no futuro – A oposição venezuelana realizou, no domingo (17), primárias para escolher parte dos candidatos que disputarão as eleições parlamentares no final deste ano, que ainda não têm data marcada.
Apenas 7,3% dos eleitores habilitados para as primárias foram às urnas. Apesar do baixo comparecimento, a aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD), formada pelos partidos da oposição, fez uma avaliação positiva da votação, que transcorreu sem incidentes.
De acordo com os opositores, a imprensa ligada ao governo, sobretudo a estatal, boicotou as eleições primárias, que tiveram cobertura midiática reduzida. O líder oposicionista Henrique Capriles acusou o governo do tiranete Nicolás Maduro de promover a desmobilização do eleitorado para evitar a participação não só nas primárias, mas também e principalmente nas eleições do final do ano.
A população pôde escolher cerca de um terço dos candidatos oposicionistas que disputarão as 165 cadeiras da Assembleia Nacional. A eleição foi realizada em 12 dos 23 estados venezuelanos. As 42 vagas disponíveis nas primárias da oposição foram disputadas por 109 candidatos. Os outros candidatos da oposição serão selecionados por uma comissão partidária formada por integrantes da MUD.
A votação ocorreu sem incidentes e Capriles cumprimentou os candidatos eleitos, afirmando que eles são os líderes escolhidos para defender o povo na Assembleia Nacional e promover a mudança que o país tanto precisa.
Pesquisas recentes mostraram que os candidatos favoritos da oposição têm grandes chances de ganhar uma parcela significativa dos assentos no Parlamento da Venezuela. (Com agências internacionais)