Um ano depois, estádios vazios e obras inacabadas ficaram como legado da Copa do Mundo no Brasil

mascote_copa_01Fiasco esperado – Quando foi anunciado que a Copa do Mundo de 2014 seria realizada no Brasil, o País foi tomado, de ponta a ponta, por uma festa utópica e desnecessária. Na ocasião, o UCHO.INFO afirmou que a decisão não passava de irresponsabilidade do governo brasileiro e equívoco da FIFA, mas os ufanistas nos dedicaram críticas de todos os naipes. Mesmo assim, naquele momento, a esperança de um Brasil melhor em todas as áreas se revigorou.

Na área esportiva, a construção e a reforma de 12 estádios espalhados pelo país foram anunciadas. A expectativa era de que modernizariam o futebol brasileiro e atrairiam mais torcedores para os campeonatos regionais.

Mas não demorou muito para a dura e esperada realidade vir à tona. As novas arenas custaram cerca de R$ 8,4 bilhões, 184% a mais do que o estimado inicialmente. Apesar do vultuoso investimento, a maioria dos estádios só viu futebol e arquibancadas lotadas na Copa mesmo.

No entanto, para a maioria dos brasileiros, o que importava mesmo era que com a vinda da Copa do Mundo seria deixado no País um legado imprescindível em outras áreas, como infraestrutura, saúde, segurança pública etc. Entre as principais promessas estavam os novos e mais modernos aeroportos e soluções para o caos que é o transporte público nas grandes cidades.

Contudo, das 82 obras que foram inicialmente propostas na Matriz de Responsabilidades da Copa, apenas 20 foram concluídas e entregues para a população. Segundo cálculo do jornal “Folha de S. Paulo”, 2,5 milhões de pessoas ficaram sem as novidades prometidas.

Este é o legado da Copa do Mundo no Brasil, que culminou com a eliminação da seleção brasileira num vexatório e inesquecível 7 x 1 para a Alemanha. Como diz o ditado: “tudo que começa mal, termina mal”. (Danielle Cabral Távora)

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