Petrolão: investigação da PGR sobre Renan Calheiros e Eduardo Cunha avança e pode derrubar a dupla

cunha_calheiros_01No encalço – Procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava-Jato, que desmontou esquema de corrupção e desvio de recursos na Petrobras, por fim aderiram à máxima da investigação, que é seguir o rastro do dinheiro. É com base nessa tese infalível que os procuradores e policiais federais estão identificando não apenas depósitos bancários feitos no exterior, mas transferências de recursos a políticos, a mando de empreiteiras e por meio de doleiros e prepostos criminosos.

Segundo apurou o UCHO.INFO junto a um destacado integrante do Legislativo federal, a Procuradoria-Geral da República já tem provas suficientes para oferecer denúncias contra os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, os peemedebistas Eduardo Cunha (RJ) e Renan Calheiros (AL), respectivamente.

De acordo com nosso interlocutor, que pediu sigilo em relação a seu nome para não criar uma zona de conflito com os investigados, a situação é irreversível e poderá revelar novos e escabrosos capítulos do maior escândalo de corrupção da história da humanidade.

Desde que tiveram seus nomes mencionados na fatídica lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, o senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha têm se dedicado a uma incansável produção de fatos “positivos”, também polêmicos, como forma de desviar a atenção da mídia, que continua com um olho nos desdobramentos da Lava-Jato. A estratégia é criar uma cortina de blindagem, fazendo com que a opinião pública não leve em conta as denúncias que devem surgir em breve.

Assim que seu nome foi citado no âmbito da Operação Lava-Jato, Eduardo Cunha tratou de desqualificar as denúncias, alegando que tudo não passava de uma armação de adversários políticos que tinham por objetivo minar sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Por um lado o peemedebista está correto, mas a PGR continua colhendo provas que poderão incriminar com boa dose de facilidade o segundo na linha sucessória de Dilma Rousseff.

Na sequência das apurações aparece o senador Renan Calheiros, que dificilmente terá como explicar seu envolvimento no Petrolão, o esquema criminoso criado pelo finado José Janene e que durante uma década sangrou os cofres da Petrobras.

Informações obtidas pelo site dão conta que a situação de caciques do PMDEB deve piorar sobremaneira quando Fernando Soares, conhecido Fernando Baiano, optar pela delação premiada. Dias após ser preso, Baiano teria dito a pessoas próximas estar preparado para qualquer situação, mas sua família tem pressionado para que ele revele os bastidores do esquema, entregando às autoridades os nomes dos verdadeiros mandantes da bandalheira.

Um dos responsáveis pela denúncia que culminou com a Operação Lava-Jato, o editor, com base em informações de bastidor, que Calheiros e Cunha estão a um passo de caírem em desgraça, assim como outros políticos que têm adotado procedimentos pontuais e infantis para demonstrar penúria financeira. Quando a PF e o Ministério Público Federal conseguirem identificar a rota do dinheiro movimentado por Fernando Baiano no exterior, por certo a República jamais será a mesma.

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