Viagem de Dilma aos EUA será oportunidade para Temer mostrar a Mercadante quem manda

michel_temer_22Parque dos príncipes – Quando Dilma Vana Rousseff convidou o peemedebista Michel Temer para pilotar a coordenação política do governo mais incompetente e corrupto da história nacional, o vice-presidente da República, experiente que é, descartou qualquer possibilidade de assumir a Secretaria de Relações Institucionais, ciente de que nesse caso teria de submeter às ordens do petista Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil e que vinha fazendo o papel de articulador do Palácio do Planalto.

Temer aceitou o convite feito pela presidente, mas escapou da dura missão de ter de enfrentar um conflito hierárquico, já que um ministro poderia dar ordens ao número dois no ranking de poderosos do País.

Desde que passou a coordenar a articulação política do governo do PT, Michel Temer tem enfrentado problemas sérios com Mercadante, que nas últimas semanas, por conta da ausência de holofotes, decidiu desgastar o vice junto à companheira Dilma, que por enquanto não caiu na esparrela do assessor.

Por outro lado, muito se comenta, não é de hoje, que a presidente Dilma Rousseff é refém do PMDB, maior partido da base aliada, sendo obrigada a distribuir cargos aos próceres da legenda como forma de manter o apoio no Congresso Nacional. O escambo tornou-se ainda mais intenso depois que os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente, resolveram endurecer o jogo com o Planalto. Tudo com a conivência de Temer.

Em muitos dos seus discursos, Dilma usa a expressão “presidencialismo de coalizão” para explicar, sem sucesso, o troca-troca entre o governo e os partidos da base aliada, como se os brasileiros pensantes não soubesse que esse tipo de relação é um “mensalão” disfarçado.

Contudo, entre os cargos prometidos e os efetivamente entregues há um enorme diapasão, algo que tem deixado os peemedebistas, em especial, com os nervos à flor da pele. Isso porque Aloizio Mercadante, que em nome de Dilma dá a canetada final, tem dificultado e postergado a publicação das nomeações no Diário Oficial da União (DOU)

Entre o próximo domingo (28) e 1º de julho, quinta-feira, Dilma Rousseff estará visitando os Estados Unidos em caráter oficial, sendo que o comando do País ficará a cargo, de forma interina, de Michel Temer. A presidência em exercício dá ao ocupante do cargo os mesmos poderes, direitos e deveres do titular, ou seja, Temer poderá mostrar sua força e ordenar a publicação das indicações no DOU, mesmo que o chefe da Casa Civil.

Caso isso não ocorra, Michel Temer ficará desmoralizado, já que Aloizio Mercadante aproveitará a oportunidade para retomar parte do poder perdido com seu afastamento da principal cena política no Palácio do Planalto. Se Mercadante vencer essa queda de braços, ficará provado que Dilma deixou de mandar, mesmo sendo a maior autoridade do País. Contudo, se prevalecer a vontade de Aloizio Mercadante, sem que Dilma se manifeste sobre o assunto, não restará dúvidas de que o PT palaciano está decidido a engambelar os caciques peemedebistas. Cenário que poderá culminar com uma intifada na base aliada.

Mercadante, como se sabe, é um político incompetente que cresceu à sombra do mimo, como se fosse a personificação da genialidade máxima do planeta. É importante lembrar que o atual chefe da Casa Civil ganhou notoriedade, enquanto senador por São Paulo, apenas quando conseguiu a proeza de revogar o irrevogável. Fora isso, recheou o seu nada empolgante currículo com outro absurdo, o autoplágio.

Apenas a título de conhecimento, o PMDB aguarda desde fevereiro as nomeações que continuam paradas na escrivaninha de Mercadante, o “reizinho” do Parque dos Príncipes.

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