Ataques terroristas na França, Tunísia e Kuwait deixam dezenas de mortos

(Y. Al-Zayat - AFP - Getty Images)
(Y. Al-Zayat – AFP – Getty Images)
Alargando o passo – Nesta sexta-feira (26), ataques terroristas na França, Tunísia e Kuwait deixaram dezenas de mortos. As ações aumentam a preocupação das autoridades sobre a disseminação da influência de grupos jihadistas e a ampliação da área de atuação dos grupos que atuam na estrutura do Estado Islâmico.

Na França, os extremistas invadiram uma fábrica de gases industriais, na região de Lyon, decapitando uma pessoa. Os terroristas tentaram explodir o local e deixaram ao menos duas pessoas feridas. As autoridades francesas, incluindo o presidente François Hollande, afirmaram se tratar de um ataque terrorista.

De acordo com informações do Ministério do Interior da Tunísia, um homem armado abriu fogo na praia de um resort, fazendo cerca de 27 mortos. O atirador foi morto pelas forças de segurança do país, que procuram um segundo suspeito de participar da ação.

O terceiro ataque aconteceu em uma mesquita xiita no Kuwait. A explosão, reivindicada pelo Estado Islâmico, deixou dezenas de mortos segundo a imprensa local.

Até o momento não há provas de que os ataques foram coordenados, mas os três aconteceram praticamente ao mesmo tempo e poucos dias após o Estado Islâmico incentivar a realização de tais operações durante o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

“Muçulmanos, embarquem e acelerem em direção à jihad”, incentivou o porta-voz do grupo, Abu Mohamed al-Adnani, em mensagem de áudio divulgada nesta semana. “Mujahedin em todos os lugares, se apressem para fazer do Ramadã um mês de desastres para os infiéis.”

Enquanto as investigações continuam, especialistas já discutem se os atentados desta sexta-feira seriam provas de que EI, que controla vastas faixas de território no Iraque e na Síria, conseguiu inspirar com sucesso simpatizantes a planejar e realizar ataques em seus próprios países.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal “The New York Times”, o governo norte-americano, por meio de suas agências de inteligência e contraterrorismo, estão avaliando as possíveis conexões entre os três casos. As fontes disseram que, se a avaliação constatar que os ataques estão relacionados, o próximo passo será determinar se, de fato, o Estado Islâmico os dirigiu, coordenou ou os inspirou. (Danielle Cabral Távora)

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