Senador da oposição diz que viagem da comitiva governista à Venezuela não trouxe resultado prático

nicolas_maduro_08Efeito nulo – Presidente nacional do Democratas, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que a viagem da comitiva de senadores aliados ao governo do PT à Venezuela, na quarta-feira (24), não trouxe resultados práticos para a democracia, se comparada à ida de parlamentares oposicionistas a Caracas, na última semana.

“A nossa ação foi humanitária e de restituição de princípios democráticos. Não fomos recebidos como a comitiva governista porque o governo da Venezuela reage àquilo que nós defendemos. Mas só a repercussão da nossa ida a Caracas foi, do ponto de vista democrático, proveitosa”, ressaltou o parlamentar.

José Agripino também lembrou que após a interrupção da viagem de oito senadores da oposição brasileira à Venezuela, por causa de ataques sofridos por simpatizantes do governo de Nicolás Maduro, o país marcou as eleições parlamentares para 6 de dezembro e o líder oposicionista Leopoldo López encerrou a greve de fome.

“Antes da nossa viagem não existia nenhuma perspectiva de eleição. Além disso, do ponto de vista humanitário, nossa ida contribuiu para o fim da greve de fome de Leopoldo López. Falta agora libertarem os presos políticos”, destacou.

“A equipe governista teve conversas de camarada com camarada, de amigo com amigo. Agora, consequência prática, não houve. Libertaram algum preso político? Deram alguma garantia democrática?”, indagou.

Participam da comitiva governista os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Roberto Requião (PMDB-PR), Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) e Telmário Mota (PDT-RR). “O problema da diferença de tratamento é que nossa missão era independente e a missão deles é de aliados politicamente, de cortesia. Não teve consequência alguma”.

A viagem da segunda comitiva foi mais uma farsa esculpida pela desfaçatez oficial dos governos brasileiro e venezuelano, como forma de cumprir a cartilha de Havana, já que os facinorosos irmãos Fidel e Raúl Castro continuam dando as ordens no universo do esquerdismo latino-americano.

A ida dos governistas verde-louros à seara do tiranete Nicolás Maduro não passou de um jogo de cena de quinta, que contou com a complacência chicaneira diante de um regime que sufoca a democracia e avilta a liberdade de expressão dos adversários.

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