Espanha lidera ‘calotes’; Brasil aparece em 3º, revelam professores de Harvard

grecia_crise_17Para depois – De acordo com ranking elaborado pelos professores Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart, da Universidade de Harvard, e de outros pesquisadores, como o economista Miguel Ángel Boggiano, da Universidade de San Andrés, em Buenos Aires, a Espanha é o país que mais teve moratórias de dívidas soberanas, os chamados calotes.

O país aparece em primeiro lugar da lista, com 14 defaults ou processos de reestruturação. Em segundo lugar aparecem Venezuela e Equador, com 11 calotes, e em terceiro, o Brasil, com 10. A lista foi publicada pela BBC Mundo.

Com as crises relacionadas com compromissos financeiros desde 1800, o país catalão, que encabeça a lista dos países com mais episódios de descumprimento, passou por situações ligadas a guerras, catástrofes naturais ou questões de gestão financeira.

Os pesquisadores contaram cerca de 250 moratórias em 200 anos, o que corresponde a uma média de mais de uma por ano. Para Rogoff, defaults são inerentes à economia global e não são tão raros como alguns países centrais, economistas ortodoxos e veículos de imprensa fazem parecer.

Antes da declaração oficial de moratória, na última terça-feira (31), a Grécia aparecia no fim da fila, ao lado de Estados Unidos, Bolívia, Turquia, Rússia e Império Austro-Húngaro.

Boggiano destacou que vários países da América Latina têm um número elevado de defaults, como Costa Rica, México, Peru, Chile e Paraguai. Ele também explicou que, neste estudo, default e reestruturação são considerados fenômenos similares.

“Porque no fim das contas, suspendendo ou não os pagamentos, há quase sempre uma pechincha para um desconto e um novo prazo, de modo que a obrigação de pagamento original não é cumprida”, ressaltou. (Danielle Cabral Távora)

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