Grécia: Alexis Tsipras apresenta à União Europeia novo pedido de ajuda

alexis_tsipras_02Lanterna dos afogados – A Grécia pediu nova ajuda bilionária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), confirmou nesta quarta-feira (8) o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, diante do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

“Enviamos hoje [quarta-feira] um comunicado ao MEE”, disse. Segundo Tsipras, o objetivo de um novo programa de ajuda deve ser repartir o ônus do resgate de forma justa entre a população. “Os trabalhadores e os aposentados não podem aceitar mais encargos”, disse.

O premiê afirmou que os programas de ajuda ao país até o momento foram utilizados para resgatar os bancos e “não chegaram ao povo”. “Nenhuma das reformas ajudou a melhorar o funcionamento das instituições estatais.”

Tsipras foi recebido no Parlamento Europeu entre ovações de seus seguidores e protestos. Alguns parlamentares mostraram cartazes com a palavra “Oxi” (não, em grego). “Estamos diante de uma encruzilhada para a Europa”, declarou Tsipras.

O primeiro-ministro se disse confiante quanto ao prazo estipulado pelos líderes da zona do euro para que se chegue a um acordo sobre o resgate ao país, até o próximo domingo.

Tsipras garantiu que o objetivo de seu governo não é “procurar confronto com a Europa” e disse que apresentará nos próximos dias propostas concretas e detalhadas de reformas a serem implementadas no país em troca de um terceiro programa de resgate.

Ele reiterou que é preciso encontrar uma solução que satisfaça os interesses de todas as partes envolvidas. “Este é um problema europeu, que requer uma solução europeia. Não podemos permitir uma divisão da Europa.”

O premiê grego afirmou que as soluções a serem encontradas devem ser “socialmente justas e economicamente sustentáveis, sem repetir os erros do passado, que levaram a economia grega a um ciclo vicioso de recessão”.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, sublinhou que se está diante de uma “corrida contra o tempo”. Ele alertou que um novo fracasso nas negociações conduzirá “ao pior cenário possível” e inevitavelmente “afetará a Europa, incluindo do ponto de vista geopolítico”. Quem acredita que esse não seja o caso, “é ingênuo”, disse. (Com agências internacionais)

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