Lava-Jato: se Cunha deve ser afastado, Dilma também tem de ser, pois ambos são investigados

dilma_rousseff_508Chumbo trocado – Presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP) declarou, nesta sexta-feira (17), que é preciso ter cuidado e evitar precipitações “neste momento em que se agrava ainda mais a crise política no país, com acusações contra Eduardo Cunha, abertura de investigação criminal contra Lula pelo Ministério Público e investigação das contas da presidente da República no TSE”.

Segundo Freire, “o PPS acompanha com toda atenção o desenrolar dos fatos e apoia os que investigam a podridão da corrupção no Brasil: Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Federal”.

Para Freire, a se considerar a proposta do vice-líder do governo na Câmara, deputado Sílvio Costa (PSC-PE), de que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve se afastar do cargo, é necessário que a petista Dilma Rousseff também deixe a Presidência da República, pois as contas de campanha dela também estão sendo investigadas no Tribunal Superior Eleitoral e ela foi citada mais de uma dezena de vezes nas delações da Operação Lava-Jato.

“É melhor evitar precipitações, pois investigados estão sendo a presidente e vários parlamentares. Essa sugestão sobre aqueles acusados que são presidentes de poderes pode ter um efeito bumerangue e atingir a própria presidente”, disse Freire. “A crise se aprofunda com as acusações contra Eduardo Cunha e a abertura de investigação criminal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por favorecimento à Odebrecht no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”.

No entender de Freire, a Câmara dos Deputados deve estar preparada para, se houver denúncia dos acusados, avaliar que medidas podem ser tomadas. “Se alguns se transformarem em réus em processos judiciais, talvez sejam necessárias licenças”.

Silvio Costa é um pelego do Palácio do Planalto que, de forma nauseante, usa o mandato para cumprir ordens e oferecer sua genuflexão à presidente Dilma Rousseff. Sempre discursando aos berros, como se gritaria fosse instrumento de persuasão, Costa desafia o óbvio ao defender um governo corrupto, incompetente, paralisado e perdulário, ou seja, indefensável em todos os quesitos.

Ao afirmar que Eduardo Cunha precisa se afastar do comando da Câmara, Silvio Costa deixa claro que sua missão no parlamento, longe de ser desinteressada, é manter no poder um partido que cada vez mais se aproxima do totalitarismo.

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