Governo grego – Nesta segunda-feira, 20, os bancos gregos reabriram após permanecerem fechados por três semanas, uma tentativa de evitar um colapso do sistema bancário local. Quase todas as restrições impostas a transações financeiras continuam em vigor, deixando claro de que o país ainda crise econômica.
O governo da Grécia acredita que haverá novas deserções de legisladores à medida que se prepara para submeter ao Parlamento, na quarta-feira, uma segunda rodada de medidas de austeridade que balizam o pacote de resgate que Atenas obteve de seus credores internacionais há uma semana. Essa votação pode intensificar as preocupações sobre a estabilidade do governo do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que luta para convencer seu partido, o esquerdista Syriza, a aceitar o acordo fechado com os credores.
Vale ressaltar que a maior parte dos controles de capitais, especialmente limites para saques e transferências, continua valendo nos bancos gregos. Entretanto, a partir desta segunda, os clientes poderão acumular o direito de fazer saques diários de 60 euros e sacar 420 euros, de uma única vez, no fim da semana.
Os bancos reabertos oferecerão somente serviços básicos, como o pagamento de contas pessoais, que nas últimas semanas só podia ser feito via internet. Os clientes também poderão voltar a acessar valores depositados em cofres. Fechada desde o final de junho, a Bolsa de Atenas assim permanecerá nesta segunda-feira.
A Grécia tem uma dívida de 4,2 bilhões de euros a saldar nesta segunda com o Banco Central Europeu (BCE). No mais, o país precisa pagar cerca de 2 bilhões de euros em empréstimos atrasados ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Na última sexta-feira, Atenas garantiu um financiamento de curto prazo de 7 bilhões de euros do fundo de resgate da União Europeia, conhecido como Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (ESM, na sigla em inglês). (Danielle Cabral Távora)