Uso prolongado de alguns remédios pode ser prejudicial

remedios_13Alerta importante – Em toda história da humanidade, nunca consumiu-se tanto remédio como atualmente. Aproximadamente 40% da população toma algum tipo de medicação com pelo menos uma vez por semana. Não é coincidência que a indústria farmacêutica é uma das mais poderosas do mundo.

Porém, o que muita gente não sabe é que, a longo prazo, alguns remédios podem trazer sérias consequências.

O médico Jack Chou, do Baldwin Park Medical Center na Califórnia, explica os perigos de alguns remédios tomados por muito tempo, mas ressalta que nenhuma medicação deve ser interrompida sem antes consultar um profissional de medicina.

Veja quais são os remédios que podem ser prejudiciais com o uso prolongado:

Medicamentos sem prescrição médica – Estes remédios são feitos para aliviar problemas menores e temporários, mas tomá-los por muito tempo pode causar outros, de maior gravidade.

Anti Inflamatórios – Há muito tempo estes remédios trazem alertas sobre riscos de ataque cardíaco e derrame. Porém, no início deste mês, a agência regulatória dos EUA divulgou que os riscos são maiores do que se pensava, mesmo em pessoas sem histórico de doença cardíaca. A recomendação é usar a quantidade mínima pelo o menor tempo possível.

Anticolinérgico – Geralmente relaxantes musculares e remédios para distúrbios gastrointestinais, incontinência urinária, asma e doenças pulmonares, insônia, tontura, vertigem, hipertensão e mal de Parkinson. Um estudo recente descobriu que tomar qualquer medicamento dessa categoria por três anos ou mais pode aumentar em 50% o risco de demência. Para jovens, o uso temporário não apresenta riscos, mas pessoas com mais de 65 anos devem evitá-lo.

Inibidores de Bomba de Prótons – Omeprazol, pantoprazol, lansoprazol, rabeprazol, esomeprazol e tenatoprazo. Segundo Chou, estes remédios devem ser usados esporadicamente e não mais que 02 semanas contínuas. Os IBP´s podem reduzir os níveis de magnésio e causar tremores, cãibras e batimentos cardíacos irregulares.

Comprimidos para dormir – Estes remédios não foram feitos para serem tomados por tempo indeterminado, já que podem causar dependência. Também é comum que o organismo crie uma tolerância para droga, e aí, a mesma dose não é mais eficaz. Como já vimos em posts anteriores, a insônia também pode ser um sinal de ansiedade, depressão ou apneia do sono e que precisam de um tratamento especifico.

Sprays nasais e descongestionantes orais – Sprays nasais descongestionantes são para os congestionamentos temporários e não devem ser usados por mais tempo que o indicado no rótulo. Caso contrário, ele pode piorar seu congestionamento. Já os descongestionantes orais que contém pseudoefedrina, se usados por muito tempo podem causar problemas como convulsões, alucinações, dores de cabeça e insônia. Há outras maneiras, algumas naturais, de tratar congestionamentos respiratórios.

Estatinas – Em casos raros, as estatinas podem trazer danos ao fígado, desconforto abdominal superior direito, urina escura e ou amarelamento da pele e dos olhos.

Salbutamol (DCI) ou albuterol (USAN) – Quem tem asma sabe a importância deste remédio que pode continuar sendo usado em momentos de crise. Mas de maneira alguma deve ser usado continuamente, pois pode trazer efeito contrário, fazendo a pessoa se sentir mais nervosa e com dificuldade em respirar bem.

Antidepressivos e Antipsicóticos – Estes remédios em geral são muito seguros para o uso a longo prazo e os efeitos colaterais característicos destes remédios tendem a desaparecer depois de três a quatro meses.

Mas o uso contínuo pode trazer diferentes ou novos efeitos colaterais com o passar dos anos. Nestes casos, o médico deverá trocar a medicação ou reduzi-la gradualmente. (Danielle Cabral Távora)

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