Candidato de Cristina de Kirchner sai na frente nas eleições primárias da Argentina

daniel_scioli_01Olho o futuro – Governador da província de Buenos Aires e candidato do partido da presidente Cristina Fernández de Kirchner, o aliado Daniel Scioli venceu as eleições primárias argentinas –pleito de voto obrigatório considerado o principal termômetro para as presidenciais de 25 de outubro.

Com 62% das urnas apuradas nesta segunda-feira (10), Scioli, único candidato da Frente para a Vitória, tinha 37% dos votos. Ele era seguido pelo prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, que se impôs com folga sobre seus correligionários da conservadora Proposta Republicana, até aqui dona de 31% dos votos.

“Quero agradecer aos que votaram em nós. E aos que não votaram saibam que vamos pôr todo nosso empenho para convencer a todos, a fim de que tenham certeza em outubro que este é o caminho para chegar à grande Argentina do desenvolvimento e do progresso”, disse Scioli, que dedicou a vitória a Néstor Kirchner, de quem foi vice-presidente, e a Cristina.

Em terceiro lugar na contagem aparecem os peronistas dissidentes da aliança Unidos por uma Nova Alternativa. Juntos, Sergio Massa (13%) e José Manuel de la Sota (8%) somavam mais de 21% dos votos.

Quinze pré-candidatos a presidente participaram das primárias, destinadas sobretudo a que cada partido escolha seu nome para 25 de outubro. O pleito é considerado o mais aberto desde 2003, quando Néstor Kirchner chegou ao poder. Desde então, o kirchnerismo venceu sucessivas eleições com relativa facilidade.

Cada pré-candidato tem que obter pelo menos 1,5% dos votos para participar das presidenciais, quando quem ficar com 45% dos votos ou mais de 40% e dez pontos acima do segundo mais votado se tornará o sucessor de Cristina Kirchner. Com os resultados, só seis candidatos foram habilitados.

Os dois mais votados – Macri e Scioli – são ambos ex-homens de negócios, com políticas mais ortodoxas que as de Cristina. Os altos gastos do atual governo drenaram as contas públicas e alimentaram a inflação, enquanto o controle cambial e comercial desacelerou o investimento.

Macri promete liberar rapidamente os mercados. Scioli afirma que o “gradualismo” é o melhor caminho para abrir a economia e ao mesmo tempo, segundo ele, preservar a forte rede de seguridade social. (Com agências internacionais)

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