Líder do PPS solicita audiência pública para debater sobrepreço em construção de base naval no Rio

corrupcao_19Imbróglio novo – Deputado federal pelo PPS do Paraná e líder do partido na Câmara, Rubens Bueno apresentou, nesta segunda-feira (10), requerimento na Comissão de Relações Exteriores solicitando a realização de audiência pública para debater relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que teria detectado sobrepreço de R$ 406 milhões na construção da Base Naval e do Estaleiro da Marinha em Itaguaí, no Rio de Janeiro. O parlamentar afirmou que o aumento do valor do empreendimento levanta muitas suspeitas.

Rubens Bueno ressaltou a necessidade do encontro para debater em profundidade o andamento do programa e a fiscalização realizada pelo TCU. Ele destacou que a Base Naval é fundamental para a política nacional em tecnologia e defesa nacional, mas disse estranhar um aumento tão significativo no valor da obra. Para o deputado, é necessário entender o motivo do sobrepreço, já que o Brasil vive atualmente enterrado em denúncias de corrupção em diversas obras federais.

“Um aumento de quase meio bilhão de reais. Isso é muito dinheiro e o pior, dinheiro público. Queremos debater os motivos desse aumento. O sobrepreço foi realmente necessário ou foi fruto de má gestão, ou pior, prática de corrupção. Algo tão comum nesse governo e identificada em praticamente todos os empreendimentos federais”, questionou.

De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, o TCU teria identificado sobrepreço nas obras após analisar planilhas entregues pelo Comando da Marinha. Em caráter emergencial, o Tribunal teria decidido fiscalizar, juntamente com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, eventuais ilegalidades. O empreendimento integra o programa que prevê a operação, até 2025, de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, o primeiro da marinha brasileira. O projeto teve um aumento de 60% desde que foi iniciado em 2008.

Os governos petistas têm demonstrado com o passar do tempo a vocação da legenda para o banditismo político, pois é inconcebível que o País consiga viver debaixo de doze anos marcados por seguidos escândalos de corrupção, os quais serviram para abastecer não apenas os bolsos dos donos do poder, mas também dos aliados que dão sustentação ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional.

No momento em que as autoridades decidirem investigar a fundo a compra dos caças Gripen NG, da sueca Saab, que reaparelharão a frota de supersônicos da Força Aérea Brasileira, o escândalo será maior do que aparenta. Há um sem fim de episódios bisonhos nessa licitação, desde o acordo do governo brasileiro com o então presidente Nicolas Sarkozy, da França, até o descarte dos modelos da conceituada Boeing.

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