Mobilização do próximo domingo, 16, será uma forma indireta de o povo ir às urnas, afirma Caiado

dilma_rousseff_557Soltando a voz – Em discurso no Senado Federal na tarde desta quinta-feira tarde (13), o líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que a manifestação marcada para o próximo domingo, 16 de agosto, será uma forma indireta de eleições. O parlamentar goiano acredita que será a maior mobilização desde as “Diretas Já” diante de 71% da população que desaprovam a gestão da presidente Dilma Rousseff, conforme mostrou a última pesquisa de popularidade da governante divulgada pelo instituto Datafolha. Caiado criticou a postura da presidente da República em entrevista ao SBT, na quarta-feira, de atribuir os protestos a uma elite golpista.

“Vocês sabem por que a sociedade vai às urnas de uma maneira indireta na mobilização do próximo domingo, 16 de agosto? Porque não suporta mais esse governo ilegítimo fruto de um estelionato eleitoral. A sociedade não vai admitir, depois de todo esse truque, toda essa armação, para ganhar as eleições que a presidente venha alegar sua legitimidade. Dilma Rousseff disse ontem em entrevista no SBT que essa manifestação é organizada por uma elite. Será possível que 71% da população que se posiciona contrária a essa gestão é a elite brasileira ou é o povo na sua essência? A prática democrática de contestar um governante é considerada golpe pela presidente da República, como declarou ontem ao SBT”, afirmou.

Caiado relembrou declaração do vice-presidente da República, Michel Temer, de que é preciso alguém para reunificar o País e questionou a “Agenda Brasil” como solução para a crise que só cresce. “O momento é propício, como afirmou o próprio vice-presidente da República, Michel Temer, de buscarmos uma pessoa para nos reaglutinar. E na democracia só existe uma forma de encontrarmos essa pessoa: por meio de novas eleições e não com ajeitamentos momentâneos ou uma suposta agenda para dizer que o Senado está produzindo uma solução para o país e o povo não precisa mais ir às ruas. Quem tem credibilidade para assumir esse papel de reaglutinar o país e debelar a crise? A presidente nada mais fez que assaltar o contribuinte e desempregar os trabalhadores”, ponderou o líder democrata.

Na opinião do senador democrata, a manifestação do próximo domingo mostrará a agenda das ruas. “A mobilização de domingo vai mostrar para o Senado federal e para a Câmara dos Deputados que a agenda é a agenda produzida na rua, que o povo não aguenta mais viver nesse desgoverno. Por isso, quero desejar fé, que o dia 16 seja a maior expressão de cidadania que o Brasil já viu em toda a sua história”, concluiu.

Se a fala de Dilma Rousseff no encerramento da “5ª Marcha das Margaridas”, em Brasília, foi mais uma prova inconteste de teimosia e apego ao poder, a entrevista ao SBT mostrou que a esquizofrenia política da petista coloca o Brasil a um passo de se transformar na versão agigantada da vizinha e combalida Venezuela, onde o mandatário local, o tiranete Nicolás Maduro, não avalia a possibilidade de renunciar, mesmo diante de uma grave crise que afeta a democracia e a população como um todo.

O discurso de Dilma que dá vazão à tese absurda do golpe é típico de governantes derrotados, o que significa que, sob pressão, a renúncia é uma questão de tempo, antes que o estrago no Partido dos Trabalhadores seja ainda maior.

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