Em meio à crise, vice-presidente de futebol do SPFC afirma que Osorio continua

juancarlos_osorio_01São Tomé – Mesmo com as especulações e críticas que rondam Juan Carlos Osorio no comando técnico do São Paulo, o vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, fez questão de esclarecer alguns mal-entendidos e garantir a permanência do colombiano no cargo. No último domingo (23), após derrota para o Flamengo, Ataíde minimizou outras interferências e legitimou sua decisão.

Ciente dos boatos que circulam na imprensa latina ligando o nome de Osorio à seleção mexicana, que recentemente anunciou Tuca Ferretti – brasileiro finalista da Libertadores com o Tigres – como técnico interino para os próximos amistosos, Ataíde deu garantias ao técnico colombiano para a sequência do trabalho e revelou a interferência direta de um determinado dirigente para com o técnico.

Conforme Ataíde, alguém de dentro do clube fez cobranças ao trabalho de Osorio diretamente, sem nenhum crivo da direção ou do presidente Carlos Miguel Aidar. “Quando fui avisado das palavras dele na coletiva chamei ele num canto. Ele não pode se abalar com qualquer reclamação que seja”, ressaltou Ataíde, dando detalhes sobre o teor da conversa com o treinador ainda nas dependências do Maracanã.

“Sendo ele educado, dá liberdade para as pessoas falarem com ele. Algum dirigente do São Paulo que ele não quis falar o nome mandou um e-mail para ele e ele ficou chateado. Mas ele só tem que dar satisfação para o vice de futebol e para o presidente. Já está tudo calmo, ele vai continuar conosco. Ele falou dos detalhes que aconteceram, mas não quis dar o nome do diretor que falou com ele”, revelou o vice-diretor de futebol tricolor.

Apesar da instabilidade, o elenco consegue manter o São Paulo em sexto lugar, a apenas dois pontos do G4. Ataíde deu razão às reclamações de Osorio em face do ‘desmanche’ que aconteceu no primeiro semestre. Tirando Rodrigo Caio, que foi à Europa e voltou, outros sete jogadores foram negociados, como Souza, Denílson e Boschilia, por exemplo.

“Ele tem razão de reclamar que vendemos oito jogadores. Quando contratamos o Osorio, não tínhamos essa intenção. Eu até apregoava que o São Paulo tinha o melhor elenco do futebol brasileiro à época. Depois, em razão das dificuldades financeiras, chegamos a conclusão de que não adiantava manter um elenco tão forte se não conseguíamos pagar os atletas”, destacou. (Danielle Cabral Távora)

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