Freio puxado – “Nunca antes na história deste país”a indústria nacional sofreu tanto como sob a égide dos governos do Partido dos Trabalhadores, que preza pela incompetência de forma recorrente. Em meados de 2005, o UCHO.INFO afirmou que a política econômica adotada pelo governo do PT produziria estragos devastadores, sendo que alguns deles atingiriam em cheio o setor produtivo. Na ocasião, alertamos o governo para os primeiros passos de um processo de desindustrialização, mas os palacianos estavam preocupados em resgatar o então presidente Lula do oceano lamacento que se formou a partir do escândalo do Mensalão do PT.
Longe de termos bola de cristal, mas certos de que o tempo confirmaria nossas previsões, nesta quarta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que apontam para novo recuo da produção industrial. Em julho, a atividade fabril registrou recuo de 1,5%, na comparação com o mês anterior. Trata-se da segunda baixa seguida e a maior desde dezembro do ano passado.
“Essa queda de 1,5% é uma queda importante. Bate em dezembro do ano passado, que tinha sido 1,8%. E por categorias econômicas, há importância nas quedas de bens semiduráveis não duráveis (-3,4%). O resultado de julho para essa categoria elimina o avanço que essa categoria tinha tido nos dois meses anteriores”, analisou André Luiz Macedo, gerente de Indústria do IBGE.
Na comparação com julho de 2014, a queda foi ainda maior, de 8,9% – a mais severa para o mês desde 2009. Naquele mês, a retração da atividade industrial alcançou incríveis 10%. No acumulado do ano, de janeiro a julho, a indústria registra perdas de 6,6% e, em ao longo de doze meses, de 5,3%.
“O resultado desse mês [-1,5%] faz com que o total da indústria não só se distancie do ponto mais elevado da série histórica [14,1%, alcançado em junho de 2013], mas faz com que o setor industrial opere em níveis de 2009. Em termos de patamar, está próximo de maio de 2009, de um período onde a indústria vinha buscando se recuperar, após 2008.”
De acordo com André Macedo, gerente do IBGE, a queda é explicada pelo baixo nível de confiança dos empresários e dos consumidores, o que, por um lado, compromete os investimentos, enquanto, por outro, afeta o consumo das famílias.
“Seja porque tem mercado de trabalho funcionando em ritmo menor, aumento da taxa de desemprego, massa de salário funcionado de forma mais lenta, aumento do nível de preços. Isso tudo afeta claramente o consumo das famílias, além da própria questão do crédito.”
Como se não bastasse a crise econômica que empurra o Brasil na direção do despenhadeiro, Dilma e seus assessores decidiram pelo aumento de impostos em determinados segmentos como forma de aumentar a arrecadação, já que o retorno da CPMF foi descartado pelo governo após pressão popular e da classe política.
De tal modo, quando Dilma afirma, País afora, que em breve a economia votará a crescer, o cidadão deve encarar esse palavrório descabido como mais um surto de mitomania da presidente.