Temer já se sente um pouco Itamar Franco e parte para cima da cambaleante Dilma Rousseff

michel_temer_37Chumbo grosso – Vice-presidente da República, o peemedebista Michel Miguel Elias Temer Lulia percebeu que pode ser para Dilma o que Itamar Franco foi para Collor. Não o primeiro na linha sucessória da Presidência da República, mas aquele que assumirá a cadeira principal no vácuo das estripulias e lambanças da dona (sic) da mesma. Ou seja, com a iminente queda da petista, Temer já prepara o terno para o dia em que passará a decidir os destinos do País, para desespero dos brasileiros de bem.

Depois da fritura imposta pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o “irrevogável”, o vice-presidente deixou o varejo da articulação política do governo e passou a disparar, mesmo que com elegância, na direção de Dilma Rousseff. Não bastasse a declaração de que a crise atual exige alguém que consiga unir o País, Temer não perdeu a oportunidade e, durante debate promovido pelo “Movimento Política Viva”, na noite de quinta-feira (3), em São Paulo, disse que ninguém resiste três anos e meio com tão baixo índice de popularidade. Ou seja, Michel Temer começa a colocar combustível na fogueira que pode culminar com o afastamento de Dilma.

“Hoje, realmente o índice é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. Muitas vezes, se a economia começar a melhorar, se a classe política colaborar, o índice acaba voltando ao patamar razoável”, afirmou.

Temer disse também que não basta torcer para que o índice de popularidade melhore, mas é preciso trabalhar para que isso aconteça de fato. “O que nós precisamos não é torcer, é trabalhar para que nós possamos estabilizar essas relações. Se continuar assim, eu vou dizer a você, para continuar 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil passar três anos e meio”.

A situação que impera no Palácio do Planalto é tão grave e desesperadora, que Dilma foi buscar abrigo na seara do inimigo, tendo se reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com que a petista vinha travando uma intensa queda de braços. A presidente sabe que seu futuro político está na corda bamba e que eventual pedido de impeachment poderá prosperar na Câmara do excesso de facilidade, inclusive com chance de aprovação, como já informou o UCHO.INFO.

No momento em que Dilma recorre a Cunha, fica claro que o governo está acéfalo e, portanto, sem comando, o que é fácil constatar diante de um cenário em que, por assim dizer, sobram caciques e faltam índios. O temor dos petistas em relação ao PMDB é enorme, a ponto de Lula ter aconselhado Dilma a reatar as relações com o principal partido da chamada base aliada, pois há no Congresso Nacional uma clara disposição na bancada do partido de enfrentar a qualquer custo o governo mais corrupto e paralisado da história nacional.

Por outro lado, diante da peçonha política de Eduardo Cunha, o lobista Lula recomendou à sua sucessora que o melhor seria recolher a artilharia na direção do presidente da Câmara dos Deputados, cujo estrago, se levado a cabo, poderá ser muito maior do que o provocado por Roberto Jefferson, o delator-mor do Mensalão do PT.

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