Crise econômica e incompetência do governo mandam a “Pátria Educadora” de Dilma pelos ares

dilma_rousseff_561 (reuters)Deu errado – Gostem ou não os petistas e os representantes da esquerda verde-loura, a “companheira” Dilma Rousseff se reelegeu pegando carona no estelionato eleitoral. Isso porque a presidente abusou da mitomania, durante a campanha de 2014, ao tentar vender aos cidadãos a ideia fraudulenta de que o Brasil é versão tropical e moderna do País de Alice, aquele das maravilhas.

Ao longo da corrida presidencial do ano passado, Dilma não poupou saliva para falar sobre os investimentos do governo na educação, dando destaque ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o tão incensado Pronatec.

Recusando-se terminantemente a cortar as dezenas de milhares de cargos de confiança (sic) existentes na estrutura do governo, que foi transformado pelo PT em criminoso cabide de empregos, Dilma decidiu passar a cimitarra nos recursos de setores importantes, como o da educação, como forma de adequar o orçamento da União de 2016 à realidade arrecadatória. Considerando que a proposta orçamentária enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso contém um absurdo déficit estimado em R$ 30,5 bilhões, a saída para a incompetente Dilma foi passar a tesoura onde não cabe qualquer tipo de corte.

Nesta sexta-feira (4), o governo petista anunciou que até 2018 oferecerá metade do número de vagas prometido por Dilma no âmbito do Pronatec. A trágica previsão faz parte do Plano Plurianual (PPA), divulgado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Em 2014, quando lançou a segunda etapa do Pronatec, a presidente da República, embalada pela necessidade de se reeleger, afirmou que a meta do programa era alcançar 12 milhões de matrículas até o fim do mandato (2018). Contudo, o número de vagas que serão oferecidas deverá ficar aquém de 6,3 milhões, mesmo que para tanto sejam consideradas as vagas previstas para 2019.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os programas do governo passam por uma “revisão de metas” devido à “realidade econômica do país”.
Por meio de nota, a pasta informou que a estimativa do Ministério do Planejamento leva em consideração a expectativa de arrecadação. Traduzindo para o bom e velho idioma da Terra Brasilis, a arrecadação não será tão promissora quanto garante Dilma, que tem afirmado, com certa insistência, que em breve o Brasil voltará a crescer.

Faca amolada

No primeiro ano do governo corrupto e inepto, que carrega o lema “Pátria Educadora”, a Educação nacional foi alvo de considerável corte de verbas. O Ministério da Educação sofreu bloqueio de R$ 9,42 bilhões no orçamento, o terceiro em ordem de grandeza na Esplanada dos Ministérios. O valor aprovado pelo Congresso Nacional era de R$ 48,81 bilhões, mas despencou para R$ 39,38 bilhões, ou seja, corte de 19,3%.

“Mesmo em um ano de ajuste fiscal, o governo federal vai ofertar um total de 1,3 milhão de novas vagas pelo Pronatec”, destacou o Ministério da Educação na nota. O número de vagas é o mais acanhando desde o lançamento do programa, em 2011, quando 770 mil pessoas efetuaram matrícula. Na comparação com 2014, por exemplo, o recuo no ritmo de abertura de novas vagas chega a 57%.

Chiadeira oposicionista

Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) anunciou que cobrará do ministro Renato Janine Ribeiro (Educação) explicações sobre o corte de recursos e vagas nos programas Pronatec, Fies, Ciência sem Fronteiras, Sisu e Prouni.

“O que estamos vendo com esses cortes é mais uma demonstração de que Dilma descumpre promessas e que mentiu na última campanha. Como pode a Pátria Educadora cortar sem piedade verbas da Educação?”, criticou o líder do PPS, que também questionará se “a tesourada” nos programas vai inviabilizar o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE).

Bueno ressalta que os cortes na Educação não param e têm prejudicado milhares de alunos no Brasil. “O caso do Fies foi um exemplo claro. O governo cortou vagas que estavam previstas, freou a expansão do programa e acabou com o sonho de milhares de jovens. Com a mudança de critérios também atingiu alunos que já faziam parte do programa e que agora sofrem para continuar pagando as mensalidades em universidades particulares”, afirmou o deputado.

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