Alvo de protestos no Brasil, o alarife Lula vai à Argentina apoiar candidato de Cristina de Kirchner

lula_386Audácia tupiniquim – Com o Partido dos Trabalhadores atolado em escândalos de corrupção, recorde de reprovação da presidente Dilma Vana Rousseff e o governo naufragando de forma impressionante, Luiz Inácio da Silva testará nos próximos dias sua popularidade, mas desta vez fora do Brasil. O petista será cabo eleitoral na Argentina. Nesta quarta-feira (9), Lula, o lobista da Odebrecht, inicia visita de três dias ao país vizinho para participar de vários atos públicos com o candidato governista à Presidência, Daniel Scioli. As eleições acontecerão no dia 25 de outubro.

Na quinta-feira (10), o ex-presidente estará com Scioli na inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de José C. Paz, na província de Buenos Aires, ato do qual também deve participar a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner.

Os pequenos consultórios médicos, que o candidato do governo considera um dos sucessos de seus oito anos de gestão como governador da província de Buenos Aires, foram inspirados em modelo de saúde implantado no Rio de Janeiro, os quais continuam devendo à população um serviço à altura da carga tributária nacional.

Ainda na quinta, Lula discursará na abertura do 3º Congresso Internacional de Responsabilidade Social, que será realizado em Buenos Aires. O petista também receberá um título de “doutor honoris causa” pela Universidade Nacional de La Matanza, localizada no coração desta populosa cidade da região que cerca a capital argentina e que é considerada um dos grandes redutos do kirchnerismo.

Scioli, candidato do partido governante Frente para a Vitória, assistirá à entrega da distinção a Lula, em La Matanza, e o acompanhará também em um encontro com empresários em um hotel de Buenos Aires na próxima sexta-feira.

A visita do ex-metalúrgico, que deverá ser seguida pelo presidente boliviano, Evo Morales, na próxima semana, procura favorecer a imagem de Scioli após as críticas à sua gestão por causa das inundações que castigaram, em agosto, a província de Buenos Aires, que compreende mais de um terço do número de eleitores na Argentina.

A menos de dois meses das eleições, a maioria das pesquisas apontam que Scioli vencerá o pleito de 25 de outubro, mas por uma margem insuficiente para ser eleito no primeiro turno. Seu adversário no segundo turno deve ser o atual prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, da coalizão opositora “Mudemos”. (Danielle Cabral Távora)

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