Crise econômica: produção industrial cai em julho em oito de 14 locais pesquisados pelo IBGE

industria_12Fio trocado – A produção industrial brasileira registrou recuo em julho, na comparação com o mês imediatamente anterior, em oito dos quatorze locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As quedas mais acentuadas foram registradas no Paraná (-6,3%) e no Ceará (-5,2%), de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física Regional, divulgada nesta quarta-feira (9).

Outros dois estados da federação tiveram queda mais acentuada do que a média nacional (-1,5%): Santa Catarina (-2,4%) e São Paulo (-1,8%). Também houve redução na produção industrial no Amazonas (-1,5%), Espírito Santo (-1,4%), em Minas Gerais (-1,3%) e no Rio de Janeiro (-0,9%).

No contraponto do movimento negativo que emoldura o setor produtivo brasileiro, seis estados tiveram aumento na produção no período pesquisado: Rio Grande do Sul (6,8%), Bahia (5,2%), Pernambuco (3,3%), Goiás (0,6%), Pará (0,4%), além da Região Nordeste (3,3%).

Na comparação com o mesmo período de 2014, julho deste ano teve 11 dos 15 locais com queda na produção, com destaque para Amazonas (-18,2%) e Ceará (-13,7%). Foram registradas altas em quatro locais, sendo a maior delas no Pará (6,8%).

Acumulado do ano

No acumulado do ano, doze locais tiveram queda, entre eles, o Amazonas (-15,2%) e apenas três tiveram alta, com destaque para o Espírito Santo (14,9%). Já no acumulado de 12 meses, 11 locais tiveram queda, sendo a maior delas no Amazonas (-12,9%), e quatro tiveram aumento, entre eles, Espírito Santo (14,4%).

De acordo com a metodologia do IBGE, a produção da Região Nordeste, que registrou alta de 3,3%, inclui os dados de todos os nove estados, inclusive Ceará, Pernambuco e Bahia, que também são analisados separadamente. Os outros seis estados que compõem a região não são analisados separadamente, porque não têm produção individual significativa.

Site alertou para o perigo

Em meados de 2005, portanto há uma década, o UCHO.INFO alertou o governo para o perigo que, na ocasião, representava os primeiros passos de um processo de desindustrialização. Naquele momento, destacamos que o Brasil correria o risco de se transformar em um país de prestadores de serviços, caso nada fosse feito para estancar o movimento.

Preocupados em salvar o então presidente Luiz Inácio da Silva, que naquele ano estava sendo arrastado para o lho do escândalo de corrupção conhecido como Mensalão do PT, os palacianos preferiram ignorar nossos alertas, possivelmente porque creem que nosso jornalismo se baseia na teoria míope do “quanto pior, melhor”, o que não procede.

O tempo passou e, como senhor da razão, comprovou a realidade dos fatos, cada vez mais inquestionáveis diante de uma crise econômica que só cresce e empurra o País na direção do marasmo. Enquanto o IBGE revela dados que confirmam a crise que chacoalha o Brasil e tira o sono da população, a presidente Dilma Rousseff insiste em afirmar que, mesmo difícil, o momento é de “travessia”.

A situação é tão grave, que a conhecida incompetência do governo torna-se ainda maior quando a presidente não desiste do aumento de impostos, como forma de amenizar o déficit projetado para o Orçamento de 2016, que por enquanto é de R$ 30,5 bilhões, de acordo com informações do Palácio do Planalto, mas que na opinião dos jornalistas do site deve ultrapassar a casa de R$ 50 bilhões.

Apesar do cenário desfavorável, o governo do PT teima em não cortar despesas, mas não abre mão de aumentar a receita por meio da elevação da carga tributária, que atualmente corresponde a 36% do Produto Interno Bruto (PIB). De tal modo, a economia tende a piorar cada vez mais, pois a recessão ganhará fôlego extra com o aumento de impostos e a criação de outras modalidades de avanço no bolso do contribuinte. (Com informações da ABr)

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