Dólar dispara com rebaixamento de nota do Brasil e Dilma Rousseff convoca reunião de emergência

dolar_56Caos instalado – No rastro da decisão da agência Standard & Poor’s de rebaixar a nota do Brasil, por conta da crise fiscal e da balburdia política, o mercado de câmbio iniciou os negócios nesta quinta-feira (9) em processo de ebulição. Às 9h30, o dólar comercial ultrapassou a marca de R$ 3,90, obrigando o Banco Central a anunciar um leilão de US$ 1,5 bilhão, com o compromisso de recompra em janeiro e abril do próximo ano, como forma de conter a volatilidade do mercado. Esse movimento é resultado da falta de confiança dos investidores no desgoverno de Dilma Rousseff, que insistem em permanecer no cargo, apesar de todos os prognósticos contrários.

Na última semana, o BC rolou US$ 2,4 bilhões em contratos de swap cambial, situação que coloca o País em fragilidade ainda maior, pois a crise econômica empurrará para cima a cotação da moeda norte-americana. Apesar do anúncio do Banco Central, às 11h30 a divisa norte-americana registrava valorização de 2,14% e era comercializada a R$ 3,8809, sinal de que ação do governo para conter a inquietude do mercado precisará de reforço.

Ciente de que a crise que aumento após a decisão da S&P pode abreviar sua permanência no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff, que um dia foi chamada de “gerentona”, convocou às pressas uma reunião com os integrantes do núcleo duro do governo. Do encontro emergencial participam o vice-presidente Michel Temer e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Jaques Wagner (Defesa), Edinho Silva (Comunicação Social) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

O objetivo da reunião é balizar o discurso sobre a decisão da agência de classificação de risco e definir as medidas para reequilibrar as contas públicas, razão primeira para a retirada do grau de investimento do País. Dilma quer passar à opinião pública a ideia de que o governo tentará cumprir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano, apesar de os palacianos terem enviado ao Congresso Nacional uma proposta orçamentária com previsão de déficit na casa de R$ 30,5 bilhões.

Para manter esse discurso mitômano no ar por mais alguns dias, Dilma terá de avançar no projeto da equipe econômica que prevê o aumento de impostos e um nada confiável corte de gastos.

Acuada por conta da crise e ciente de que sua permanência no cargo depende de apoio político-partidário, a presidente da República dificilmente promoverá um corte de gastos à altura da necessidade. O primeiro passo deveria ser a desidratação da máquina federal, começando pela eliminação de cargos de confiança. Isso não acontecerá tão cedo, pois no cabide de empregos em que se transformou o País estão pendurados dezenas de milhares de “companheiros” e indicados por integrantes da chamada base aliada, começando pelo sempre guloso PMDB.

De tal modo, Dilma encontra-se em uma encruzilhada política, pois a necessidade de corte de gastos cresce a cada instante, enquanto o apetite dos aliados por cargos avança de maneira exponencial.

Para que o leitor compreenda a gravidade da situação, enquanto o governo anuncia corte de gastos, sobe a escrivaninha do chefe da Casa Civil, Aloizio “Irrevogável” Mercadante, há aproximadamente quinhentas nomeações para cargos de confiança aguardando publicação no Diário Oficial da União. Ou seja, Dilma e seus quejandos estão prontos para enganar os brasileiros de bem.

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