Ajuste fiscal e sacrifício econômico devem estar condicionados à imediata renúncia de Dilma

dilma_rousseff_566Olho da rua – Com a economia nacional enfrentando uma crise sem precedentes, afetada por um desarranjo político descomunal e crescente, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s não teve outra saída a não ser tirar do Brasil o grau de investimento (investment grade), como já era esperado pelo mercado financeiro.

Com a S&P desconfiando da capacidade do governo de Dilma Rousseff de cumprir o plano de ajuste fiscal, que continua cambaleante, o rating do País caiu de “BBB-” para “BB+”, com perspectiva negativa. Ou seja, a situação econômica é grave e pode piorar, segundo a agência, que agora alerta os investidores para a possibilidade de calote por parte do governo brasileiro.

Por questões óbvias, os integrantes da equipe econômica tentaram minimizar a decisão da S&P – que deverá ser seguida por outras agências de classificação de risco –, alegando que o País cumprirá o pacote de ajuste fiscal e também perseguirá o anunciado superávit de 0,7% do PIB em 2016, como se o ainda ministro Joaquim Levy (Fazenda) operasse milagres. Considerando que o governo enviou ao Congresso proposta de orçamentária com déficit de R$ 30,5 bilhões para o próximo ano, acreditar nos discursos oficiais seria um ato de enorme irresponsabilidade.

A situação é tão grave, que Levy não mais se incomoda em mentir à população, como vem fazendo nos últimos dias, depois de ser abduzido pelo discurso mitômano e desconexo do Palácio do Planalto. O ministro da Fazenda disse que o aumento da carga tributária é uma das soluções do governo para enfrentar a severa crise econômica, não sem antes afirmar que população estará preparada para pagar impostos mais elevados.

De quebra, sem convencer, Joaquim Levy declarou que o governo cortará despesas, entre as quais, por exemplo, a revisão do pagamento do auxílio doença. Em outras palavras, o ministro quer que o segurado do INSS fique menos tempo afastado do trabalho, apenas porque o governo corrupto e incompetente do PT assim deseja.

O titular da Fazenda sequer falou em corte de despesas como a eliminação de milhares de cargos de confiança ou a redução do número de ministérios, pois esses dois frágeis pilares é o que restou para Dilma manter-se no cargo por mais algumas semanas, enquanto decide entre a renúncia e o impeachment. Até porque, sua saída do poder é uma questão de tempo, pouco tempo, uma vez que a crise política, que impacta na econômica, há de se agrava nas horas vindouras.

Diante da extensão da crise que coloca o Brasil à beira do despenhadeiro, sacrifícios por parte dos brasileiros serão inevitáveis para tirar o País do atoleiro fétido e criminoso que foi criado pelo Partido dos Trabalhadores, que chegou ao poder, em janeiro de 2003, no embalo de um palavrório que priorizava ética, transparência e mágica administrativa.

Por conta da escassez de opções, o aperto econômico de agora em diante é uma necessidade, mas sua aceitação deve estar condicionada à renúncia imediata de Dilma Rousseff. Só assim o Brasil conseguirá se livrar de um projeto criminoso de poder colocado em marcha por uma horda que ao longo de pouco mais de uma década se dedicou ao banditismo político desenfreado. “Vade retro”, Dilma, e PT saudações!

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