Curto-circuito – Nada pode ser pior do que um comunista grã-fino, que age na contramão da ideologia que supostamente defende. É o caso do cantor e compositor Francisco Buarque de Hollanda, o Chico, conhecido defensor da bandalheira patrocinada pelo PT ao longo dos doze anos e oito meses em que a legenda está no poder central.
Acostumado a viver como um marajá capitalista, Chico Buarque, cujo repertório não agrada muita gente, concedeu entrevista ao líder do criminoso Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o igualmente nababo João Pedro Stédile, que desrespeita a legislação vigente no País e atropela a Constituição Federal como se no Brasil a baderna ideológica fosse permitida apenas porque ainda somos uma democracia.
Na entrevista, concedida após partida de futebol com integrantes do movimento, Chico defendeu a Petrobras e a participação da estatal na exploração do pré-sal, operação que só é viável comercialmente quando o preço do barril do petróleo está acima de US$ 80 no mercado internacional.
A entrevista teve como referência um projeto que tramita no Senado Federal, de autoria de José Serra (PSDB-SP), que desobriga a Petrobras de participar, no modelo partilha, da produção de petróleo no pré-sal. “O petróleo é nosso, é um velho lema que deve ser lembrado, que deve ser mantido, porque há uma cobiça permanente em torno da Petrobras”, responde Chico ao entrevistador Stédile.
“Agora vem essa história de participação na exploração do pré-sal. São conquistas nossas, dos nossos governos desde os tempos de Getúlio [Vargas], que volta e meia são ameaçadas por esse tipo de investida. Eu não acredito que passe um projeto desses no Senado. Não acredito que a sociedade vá aceitar se desfazer da Petrobras, do pré-sal”, disse.
Desde 2010, a Petrobras é obrigada, por força de lei, a atuar como operadora única dos campos do pré-sal com uma participação de pelo menos 30% na exploração. A lei atual também obriga a empresa a ser a responsável pela condução e execução de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção. Com a estatal petrolífera vivendo momentos de extrema dificuldade financeira, o modelo ficou inviável.
Na opinião de José Serra é “inconcebível que um recurso de tamanha relevância sofra um retardamento irreparável na sua exploração devido a crises da operadora”.
Considerando que entrevistador e entrevistado se merecem, assim como se equivalem quando o assunto é esquerdismo bandoleiro, destacar que o projeto não prevê a privatização da Petrobras é excesso de zelo jornalístico.
Chico Buarque, o “comuna” que faz de um luxuoso apartamento em Paris seu divã para as crises ideológicas, e outras tantas também, deveria se imbuir de coragem e coerência e criticar de forma firme e contundente o PT, responsável maior pelo estrago produzido na Petrobras, apenas porque o partido decidiu saquear os cofres da estatal para colocar em marcha um projeto totalitarista de poder, não sem antes encher os bolsos da elite da “companheirada”.
Diante do fato de o Petrolão, maior escândalo de corrupção da história moderna, ter arrancado dos cofres da Petrobras dezenas de bilhões de reais, inviabilizando o cronograma de investimentos da companhia no médio prazo, a privatização teria sido uma solução menos prejudicial ao País, que agora assiste aos bandidos se defenderem a reboque de desculpas chicaneiras.
O Brasil tornou-se refém de um partido que tem o DNA de uma organização criminosa, mas Chico Buarque, que pouco se importa com as questões do País, perde tempo falando besteiras, sem conhecimento de causa, e dando ouvidos a um cidadão como Stédile, a “fulanização” da boçalidade.