Temendo processo de impeachment, Dilma rifa a Esplanada dos Ministérios e rende-se ao PMDB

dilma_rousseff_546Óleo de peroba – Na quarta-feira (23), durante reunião com a presidente Dilma Rousseff, encontro que durou cinco horas, em Brasília, o agora lobista Lula disse que “é melhor perder ministérios do que a Presidência”. O ex-metalúrgico, que foi à capital dos brasileiros para tentar estancar uma crise múltipla que só cresce, de certa forma tem razão, mas essa teoria do desespero mostra que o Brasil será mais uma vez tomado de assalto pelos partidos da base aliada, em especial o sempre voraz PMDB. Isso porque Dilma, no afã de barrar um processo de impeachment, resolveu lotear a Esplanada dos Ministérios, que cada vez mais ganha contorno de capitanias hereditárias.

Contudo, apesar do messianismo boquirroto de Lula, a pior das situações é a de perda do poder de mando, algo que vem transformando Dilma em um fantoche que ora está nas mãos do antecessor, ora está nas mãos dos partidos que, segundo ela, dão sustentação ao presidencialismo de coalizão. Termo usado pela petista para camuflar a cleptocracia instala no País pelo Partido dos Trabalhadores, que um dia foi comparado pelo senador Aécio neves (PSDB-MG) a uma organização criminosa.

No momento em que a presidente da República, que corre o risco de ser despejada do Palácio do Planalto, coloca o Ministério da Saúde no imundo e criminoso balcão de negociações políticas, por certo o governo já acabou e a mandatária não foi avisada.

Sem condições de continuar à frente da administração do País, Dilma é “burra e estabanada”, como disse ao editor do site o ex-ministro Antônio Delfim Netto, pois, além de não saber governar, a petista acredita que é um azougue em termos de economia. Tanto é assim, que os brasileiros ora pagam a fatura dos quatro anos do primeiro mandato de Dilma, período em que ela, auxiliada pelo incompetente Guido Mantega, arruinaram a economia nacional.

A chance de Dilma continuar no poder, sem ser incomodada por um processo de impeachment, é grande, portanto é preciso que a parcela de bem da população, que não mais suporta a roubalheira desenfreada e o espetáculo de incompetência, pressione de forma insistente até a renúncia da presidente. O País sangra em termos econômicos, sem qualquer perspectiva de reversão do quadro atual no curto prazo, apesar das promessas palacianas.

Não faz muito tempo, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento), que atuou como ventríloquo do Palácio do Planalto, anunciou uma reforma ministerial com direito a redução do número de pastas, mas Dilma acena com a manutenção de ministérios para contemplar a sanha do PMDB. As secretarias de Portos e de Aviação Civil, que seriam fundidas ou transferidas para o Ministério dos Transportes, devem manter o status atual, pois qualquer movimento significaria prejudicar (sic) o PMDB.

Há nos bastidores do poder um movimento intenso para promover uma “operação abafa”, que contemplaria não apenas a presidente da República, mas também e principalmente políticos que foram alcançados pela Operação Lava-Jato, que desmontou o maior esquema de corrupção da história moderna, o Petrolão.

Resumindo, Dilma não tem condições de governar o País e somente a pressão popular será capaz de sacar essa ode à incompetência do Palácio do Planalto. Fora isso, qualquer teoria é mero exercício de achismo.

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