Gleisi ataca ministro do TCU para cavar “boca rica” e foro privilegiado para o marido desempregado

gleisi_hoffmann_117Parafuso solto – Os ataques de Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) ao ministro Augusto Nardes, relator do processo das “pedaladas fiscais” no Tribunal de Contas da União (TCU), não são motivadas apenas pela proverbial sabujice que a senadora dedica a Dilma Rousseff, que a levam a defender a ‘presidenta’ nas causas mais indefensáveis. Gleisi é movida nessa cruzada insana pelo desejo obsessivo de arrumar uma “boca rica” para o marido, Paulo Bernardo da Silva, sem mandato, sem emprego e sem foro privilegiado.

Em tempos bicudos em que o PT vê a possibilidade de se tornar uma legenda rumo à extinção, o egoísmo do casal Hoffmann-Bernardo, tem revoltado os petistas. No momento em que a delação premiada devasta o partido que já foi compara a uma organização criminosa, petistas ligados ao ex-deputado André Vargas Ilário, preso e condenado no âmbito da Operação Lava-Jato, não escondem mais as críticas ao desempenho da senadora paranaense. As últimas movimentações de Gleisi na defesa da presidente Dilma Rousseff são consideradas “patéticas” dentro do próprio partido.

“Ela só pensa naquilo: arrumar um cargo de envergadura para o marido (Paulo Bernardo). Só isso justifica a árdua defesa de tudo o que acontece com Dilma. Ela (Gleisi) atropela outras lideranças do partido e no próprio Senado”, disse um ex-assessor de Vargas, hoje recrutado pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR).

“Gleisi não é disso, não é de se expor. Então, não é por convicção: toda vez que defende a presidente, ela apresenta a fatura”, disse o petista. Segundo ele, Gleisi lembrou ao Palácio Planalto que até sua ex-colega de ministério, Ideli Salvatti, conseguiu com a “companheirada” uma sinecura para o marido (Jeferson da Silva Figueiredo) de R$ 29 mil mensais na Organização dos Estados Americanos (OEA), mas até agora a ex-chefe da Casa Civil nada conseguiu para o ainda marido Paulo Bernardo.

No início do ano, Gleisi fez sua primeira tentativa para emplacar o marido na Itaipu Binacional, mas não deu. Voltou à carga em agosto, mas de novo, a indicação bateu na trave. “Ele (Bernardo) chegou a simular até uma depressão para sensibilizar Dilma, mas a sua movimentação é constante entre Brasília, Curitiba e litoral do Paraná”, disse o petista.

Investigada na Operação Lava-Jato por conta de acusação de ter recebido R$ 1 milhão do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história moderna, e alvo das operações Pixuleco II e Nessun Dorma, Gleisi Hoffmann não tem moral para defender um governo incompetente, corrupto, paralisado e perdulário, até porque Dilma afunda cada vez mais em uma crise múltipla e quase sem fim.

Enquanto a presidente da República não aceitar que a salvação do País está em sua necessária e já atrasada renúncia, o governo permanecerá indefensável, sem contar o fogo amigo que cresce nos bastidores sob o comando do lobista Lula, que joga contra a sucessora apenas porque sonha em retornar ao governo central.

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