Crise sem fim: mercado financeiro projeta inflação de 6,05% para 2016 e queda maior do PIB

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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro veio de acordo com as expectativas do mercado. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou que está comprometido com a meta de 2016 a 15 meses de distância da data, algo difícil de se alcançar por conta da grave crise econômica que sacode o País.

Apesar disso, as previsões do mercado financeiro, reveladas pelo Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (13) pelo BC, voltaram a subir. Conforme o documento, a inflação oficial do próximo ano passou de 5,94% para 6,05%. Há um mês, a inflação de 2015 estava em 5,64%. Trata-se da décima elevação consecutiva.

Já as projeções para a inflação de 2015 subiram de 9,53% para 9,70%. Há quatro semanas, estavam em 9,28%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado.

Em outro vértice das preocupantes projeções aparece mais uma vez a contração do PIB (Produto Interno Bruto) de 2016, que na opinião dos economistas será de 1,2% em 2016, contra 1% da previsão anterior. Já a indústria deve encolher 1%.

Conformando notícias do UCHO.INFO, as estimativas para o PIB deste ano pioraram novamente em meio ao cenário de forte crise político-econômica, além da queda brutal da confiança do mercado. Para 2015, os economistas apostam em recuo de 2,97% , contra 2,85% da pesquisa anterior.

Com a queda do PIB, a resistência da inflação, a perda do poder de compra dos salários, a elevação do desemprego e a mudança de hábito de consumo da extensa maioria da população, o Brasil não sairá tão cedo da crise econômica, que na opinião do governo tem o ajuste fiscal como antídoto. Considerando que a fórmula mencionada redunda em menor arrecadação de impostos, a conta continuará não fechando.

Esse cenário mostra que investimentos por parte do governo federal demorarão mais tempo para sair do papel, o que impulsiona e prorroga ainda mais uma crise que parece não ter fim.

O grande fantasma que ronda a crise brasileira atende pelo nome de Dilma Vana Rousseff, que teima em permanecer como presidente, quando, na verdade, a solução está em sua renúncia, o que poderia acontecer caso a população decidisse pressionar a petista de forma jamais vista. Como o brasileiro sofre de preguiça política, o quadro atual deve se arrastar por pelo menos mais três anos. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

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