Policiais federais estão na Itália para trazer o mensaleiro Henrique Pizzolato ao Brasil

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Uma equipe de três policiais federais e uma médica já está na Itália para realizar a operação de extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, condenado na Ação Penal 470 (Mensalão do PT) a doze anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

A janela dada pelo governo italiano para o Brasil buscar o mensaleiro vai da próxima quinta-feira (22) ao dia 11 de novembro.

Inicialmente, a previsão dada pela Polícia Federal é a de que a equipe chegará com Pizzolato em São Paulo na próxima sexta-feira (23), sendo que no mesmo dia o ex-diretor do BB embarcará para Brasília, onde seguirá diretamente para o Instituto Médico Legal (IML) a fim de realizar exames e, na sequência, será levado para o Complexo Prisional da Papuda, onde outros petistas condenados na Ação Penal 470 cumpriram pena, como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha.

Antes de a sentença condenatória ser proferida pelo Supremo Tribunal Federal, onde tramitou a ação que julgou o primeiro escândalo de corrupção da era PT, Pizzolato fugiu do País usando um passaporte falsificado em nome do irmão, já falecido.

Henrique Pizzolato foi preso no início de 2014 na cidade de Maranello, no norte da Itália, e desde então o governo brasileiro tenta conseguir sua extradição. É fato que o governo do PT cumpriu o que determina a legislação, mas ao partido não é interessante o retorno do mensaleiro ao Brasil, pois esse poderá revelar detalhes do esquema de corrupção que tornou-se crime de menor monta diante do Petrolão, mas ainda tem segredos não violados.

É importante ressaltar que Pizzolato foi abandonado pelo PT após responsabilizar, durante depoimento na CPMI dos Correios, o então ministro Luís Gushiken pelos crimes cometidos no âmbito da Visanet, que teve recursos direcionados para as empresas do publicitário mineiro Marcos Valério, o operador financeiro do Mensalão. A partir daquele momento, Henrique Pizzolato passou a cuidar da própria defesa, cabendo a ele o pagamento dos honorários advocatícios, antes pagos pelo partido.

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