Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), treze pessoas morreram nos ataques aéreos russos na terça-feira em um hospital de campanha na localidade de Sarmine, na província de Idleb, incluindo um fisioterapeuta, um guarda e um membro da Defesa Civil. O local foi “consideravelmente danificado” pelos ataques, confirmou uma enfermeira da Syrian-American Medical Society (SAMS), que administra o local.
“Ontem, por volta das 13 horas (8h00 de Brasília), uma estrutura da SAMS perto de Sarmine, Idleb, foi atingida. De acordo com informações preliminares do campo, perdemos dois funcionários do hospital, um fisioterapeuta e um enfermeiro”.
Falando sob condição de anonimato, a fonte não confirmou se o ataque foi realizado por aviões russos. Porém, o ministério da Defesa russo indicou nesta quarta-feira (21) que ataques foram realizados em Sarmine, mas não mencionou o hospital.
Desde o início de sua intervenção militar na Síria, em 30 de setembro, a força aérea russa realizou mais de 500 ataques que mataram mais de 370 pessoas, incluindo pelo menos 127 civis, conforme o OSDH.
Moscou, aliado do regime do ditador Bashar ao Assad, destaca que ataca o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e “outros terroristas”, mas o Ocidente e seus aliados o acusam de atacar quase exclusivamente as províncias onde o regime conduz operações contra a oposição considerada moderada, e onde o EI não está presente.
SAMS havia indicado em um comunicado nas últimas semanas que ataques aéreos atingiram um de seus hospitais na província de Hama (centro), “causando danos consideráveis” ao centro e ferindo funcionários.
Jornalista e ativista sírio, Maamoun al-Khatib declarou recentemente que os ataques russos haviam atingido dois hospitais na província de Aleppo, no norte do país.
Desde março de 2011, o conflito desencadeado pela repressão de manifestações pedindo reformas, já matou mais de 250 mil pessoas e forçou a fuga de milhões de sírios.
