“Governo Dilma se exauriu”, afirma o deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS

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Deputado federal pelo PPS de São Paulo e presidente nacional da legenda, Roberto Freire disse na noite desta quarta-feira (2) que a admissão do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que passa a tramitar na Câmara dos Deputados, é “a prova cabal de que o governo se exauriu”.

A admissibilidade do processo de impeachment foi anunciada nesta quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Para Freire, o fato de o pedido de impedimento da presidente passar a ser uma realidade no Congresso “é a demonstração de que o governo perdeu todas as condições de continuar no poder, por absoluta incapacidade de enfrentar a crise e de contribuir efetivamente para que o processo de corrupção seja combatido”.

Na opinião do presidente do PPS, “a falência do governo é muito clara”. Freire afirma que “a admissibilidade do pedido de impeachment é o reconhecimento de que não temos mais governo”. Para o bem do Brasil, disse o parlamentar, é necessário construir um novo governo.

Ao ser questionado se a posição do PPS no Conselho de Ética em relação do processo contra Eduardo Cunha mudaria por causa do pedido de impeachment, Roberto Freire afirmou que não. “Isso aqui não tem nada a ver com o Conselho de Ética. (O processo lá) vai continuar, não vai ser paralisado”. O partido é a favor da saída de Cunha da presidência da Câmara e da admissibilidade pelo colegiado do processo contra o peemedebista, que é acusado de quebra do decoro parlamentar.

Apesar de admitir que a ideia do impeachment sofreu um certo “refluxo” na Câmara, com a rearticulação que o governo fez na sua base, Freire afirmou que o importante é que na sociedade ela ganhou mais força ainda. “Entre a população aumentou a exposição ao risco, à crise econômica, ao descalabro”.

O pedido de impeachment foi feito pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Flávio Costa e protocolado por líderes da oposição em outubro. O documento baseia-se nas pedaladas fiscais, que, segundo o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), se repetiram em 2015.

O próximo passo no processo é notificação da presidente e a constituição, pelo presidente da Casa, de uma comissão especial para avaliar o impeachment. Cunha também vai estudar a possibilidade de suspender o recesso parlamentar apenas para que a comissão funcione.

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