Janot pede mais prazo para investigar Gleisi Hoffmann, Renan Calheiros e outros envolvidos no Petrolão

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de prorrogação dos inquéritos que investigam a ligação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) e congressistas com o esquema de corrupção da Petrobras, conhecido como Petrolão.

Trata-se da quarta extensão requisitada pela Procuradoria-Geral da República nesses casos, que começaram a ser apurados em março deste ano. Com isso, as apurações devem se estender até fevereiro de 2016.

A situação mais complicada é a de Gleisi Hoffmann e Renan Calheiros. Gleisi foi chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações). Ambos estão envolvidos em casos de propinas no Petrolão e de uso do Ministério do Planejamento para obter vantagens ilícitas, investigados pela Operação Pixuleco II, 18ª fase da Operação Lava-Jato.


A situação do presidente do Senado, Renan Calheiros, não é melhor. Ele é alvo de cinco inquéritos que investigam sua suposta participação nos desvios da Petrobras, sendo que cada um trata de fato distinto. Há a suspeita de que o peemedebista tenha sido beneficiado com pagamento de propina a partir de contratos de navio-sonda e ainda recursos da Transpetro. O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como intermediário de Renan no esquema, também é alvo no Supremo.

Os pedidos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo. Janot quer ainda mais prazo para investigar os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Humberto Costa (PT-PE), Edison Lobão (PMDB-MA), Lindbergh Farias (PT-RJ), além do deputado José Mentor (PT-SP) e do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC).

Teori já ampliou as investigações de outro inquérito envolvendo o senador Edison Lobão, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), e os deputados Simão Sessim (PP-RJ), José Otávio Germano (PP-RS) e Eduardo da Fonte (PP-PE).

Ao todo, o Supremo investiga 68 pessoas, sendo 14 senadores, 23 deputados, o ministro de Estado Edinho Silva (Comunicação) e o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro por suspeita de ligação com a Lava-Jato.

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