Alimentos e combustíveis empurram inflação acima dos 10%, contrariando os mentirosos discursos oficiais

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Puxada pela alta de preços dos alimentos e dos combustíveis, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), disparou em novembro e ultrapassou a barreira dos dois dígitos no acumulado em doze meses. A alta foi de 1,01% no décimo primeiro mês do ano, maior índice para o período desde 2002. No acumulado o índice inflacionário é 10,48%, taxa mais elevada desde 2003. Em 2015, o avanço da inflação é de 9,62%.

Pelo segundo mês consecutivo, os combustíveis lideraram o ranking dos principais impactos pontuais. O litro da gasolina, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 3,21% no preço final (consumidor), reflexo do reajuste de 6% vigente nas refinarias desde 30 de setembro.

Em outro vértice da carestia enfrentada pelos brasileiros, o preço do etanol avançou 9,31% no mês passado, enquanto o óleo diesel teve alta de 1,76%. No grupo transportes, além dos combustíveis, as tarifas dos ônibus urbanos despontaram, com alta de 1,11%.

Na campanha presidencial de 2014, quando vendeu aos eleitores a falsa ideia de que o Brasil se transformara na versão tropical e moderna do País de Alice, aquele das maravilhas, Dilma Rousseff, que diz ser economista, afirmou em um dos debates que a inflação estava próxima de zero. Na verdade, naquele momento, o mais temido fantasma da economia, já em alta, estocava energias para desbancar a chefe do Executivo federal, que lamentavelmente conquistou a reeleição.


Com a paralisia que toma conta do governo no vácuo da crise múltipla e quase sem fim, imaginar que a economia brasileira se recuperará no curto prazo é mais um descabido sonho de verão. O cenário econômico brasileiro aponta para uma indesejável prorrogação da crise, que deve durar pelo menos mais trinta meses, sendo otimista em relação ao futuro. Enquanto isso, a equipe econômica do governo tenta aprovar os derradeiros fascículos do pacote de ajuste fiscal, que enfrentará dificuldades no Congresso Nacional por causa da discussão sobre o impeachment da presidente da República.

Dilma Rousseff, que já entregou o poder para preservar o cargo, já não mais insiste na teoria esdrúxula de que a crise é um “momento de travessia”. Como até agora a petista não revelou o destino dessa malfadada travessia e muito menos o tempo de duração da macabra viagem, o melhor a se fazer, por enquanto, é apertar os cintos e reduzir ainda mais o consumo.

Por outro lado, mas sem sair da seara da crise econômica, os brasileiros de bem devem sair às ruas não apenas para apoiar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, mas também e principalmente para exigir o fim de um governo que em pouco mais de uma década conseguiu arruinar uma das maiores economias do planeta.

Apesar de tantas evidências negativas, que depõem contra a bandeira criminosa do partido, o PT ainda consegue afirmar que na era petista dezenas de milhões de pessoas melhoraram de vida e ingressaram na classe média. Aliás, a classe média precisou ser reinventada às pressas pelos petistas palacianos, antes que a população decidisse se rebelar a partir da enxurrada de carnês vencidos e dívidas acumuladas. Isso porque os incautos caíram na esparrela de Lula et caterva, mergulhando nas águas turvas do consumismo. E contra fatos não há argumento, mesmo que de petistas sejam.

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