A enfadonha cantilena do golpe que embala a discussão sobre o impeachment de Dilma Rousseff atravessou o Oceano Atlântico e foi parar em Berlim. Na capital da Alemanha, que tirou esse cansativo besteirol da bagagem petista foi ninguém menos que Luiz Inácio da Silva, patrono do período mais corrupto da história brasileira.
Investigado pela Justiça por tráfico de influência e outras transgressões, Lula ainda não foi alcançado direta e oficialmente pelo escândalo do Petrolão, mas isso é uma questão de tempo. Até porque, o ex-presidente da República sempre soube do esquema de corrupção criado pelo finado José Janene para substituir o Mensalão do PT.
Esse discurso moralista de Lula pode desmoronar a qualquer momento, mas enquanto isso não acontece o líder dos petistas continua a blasfemar mundo afora. Em Berlim, onde proferiu palestra na Fundação Friedrich Ebert, ligada ao Partido Social-Democrata (SPD), o ex-metalúrgico voltou a abusar da vitimização, como se os alemães não conhecessem sua oratória embusteira. Lula voltou a falar em “golpe”, referindo-se ao pedido de impeachment da sucessora, e disse que há no Brasil uma obsessão em destruí-lo.
“Há uma doença mental no meu país de que é preciso destruir o Lula, senão ele vai querer voltar em 2018”, afirmou o petista. Como mentir na paga impostos, inclusive na Alemanha, Lula sentiu-se à vontade para colocar sua desfaçatez na passarela. Perguntado sobre eventual candidatura na próxima disputa presidencial, o agora lobista de empreiteira não descartou a possibilidade.
“Não sei se estarei vivo e fico pedindo a Deus para que apareçam novos candidatos, com energia e que queiram mudar o país. Se alguém estiver disposto a tirar os direitos dos trabalhadores, eu não teria nenhum problema em concorrer outra vez”, disse sob aplausos de dezenas de militantes do PT que estavam na plateia.
Sobre o impeachment de Dilma, como já mencionado na matéria, Lula voltou a falar em tentativa de golpe e garantiu que isso não acontecerá de forma alguma. O dá a entender que o golpe será dado pela quadrilha que está no poder central, pois em termos técnicos e lógicos nada pode impedir um processo cristalino e com embasamento legal incontestável.
“Torcemos para que tudo termine logo e que a presidente Dilma possa governar o Brasil e recuperar a sua capacidade de crescimento. O país está paralisado há quase um ano”, enfatizou Lula, garantindo que a sucessora terminará o mandato em dezembro de 2018.
Como se os brasileiros de bem que querem o fim da bandalheira institucionalizada pelo PT, Lula alegou que Dilma precisa de tranquilidade para atravessar a grave crise político-econômica, em um cenário emoldurado por uma enxurrada de denúncias de corrupção.
“O processo de apuração de casos de corrupção só existe por causa do PT. Eu não sabia, a Polícia Federal não sabia, assim como a imprensa e o Ministério Público não sabiam. Durante os 12 anos em que governei o país nunca ouvi dizer que havia corrupção na Petrobras”, disse o abusado petista.
Lula pode dizer o que quiser, até porque o Brasil ainda é uma democracia, que como tal privilegia a livre manifestação do pensamento, mas não se pode aceitar uma mentira tão escandalosa. No momento em que surgiram as primeiras digitais do esquema de corrupção que seria implantando na Petrobras, como forma de manter “azeitada” a chamada base de apoio ao governo do PT no Congresso, Lula foi informado sobre o plano, devidamente autorizado por ele. Ato contínuo, a agora presidente Dilma Rousseff, que à época comandava a Casa Civil, também foi avisada sobre o esquema criminoso, mas manteve-se em silêncio.
O alegado desconhecimento de Lula em relação ao escândalo que é conhecido como Petrolão é mais uma mentira em sua respeitável coleção de inverdades, pois o editor do UCHO.INFO cansou de noticiar o esquema criminoso, até que, em janeiro de 2009, levou ao Ministério Público federal as primeiras denúncias sobre corrupção na Petrobras. Na ocasião, Janene, o “Xeique do Mensalão”, estava vivo e operando a pleno vapor na esteira do assalto aos cofres da Petrobras.
Ciente de que seu reinado está por um fio, Lula tem o direito negar os fatos, mas o editor do UCHO.INFO desafia o petista para um encontro com o objetivo de elucidar a verdade, Desde que o petista não insista me mentir de forma tão acintosa.
