Dilma cancelou viagem ao RJ com medo das vaias dos enfurecidos com a saúde pública fluminense

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Truculenta no trato com as pessoas, como se o ser humano fosse alcatifa para limpar a lama da corrupção que borra seus pés, Dilma Vana Rousseff, a presidente, agora deu para abusar da covardia. Depois de confirmar presença no Rio de Janeiro, na quarta-feira (23), onde inauguraria obra da desnecessária Olimpíada de 2016, que acontecerá no próximo ano nos domínios do Cristo Redentor, Dilma desistiu da viagem com medo de ser alvo de um tsunami de vaias.

A presidente inventou uma reunião ministerial de emergência para tratar do caos que reina na saúde pública fluminense, assunto que poderia ser facilmente resolvido com um telefonema para o ministro da Saúde, aquele que sugeriu aos brasileiros o uso de calça comprida para escapar do Zika vírus e das picadas do Aedes aegypti. Se o ministro da Saúde, Marcelo Castro, não tem competência para desatar um nó como o que se instalou no Rio, a demissão é o melhor remédio.

Com o colapso que tomou conta dos hospitais públicos do Rio de Janeiro, quadro que se repete em vários estados da federação, a presidente da República fugiu da raia, pois foi avisada pela assessoria palaciana e pelo serviço de inteligência do governo que manifestantes poderiam promover um coral de apupos por conta da situação da saúde no estado. Preocupada em impulsionar a cadente popularidade, o que vem fazendo, sem muito sucesso, nas muitas viagens pelo País, Dilma mostrou à nação a sua verdadeira essência. Falta com a verdade e não tem coragem para enfrentar a realidade.


Dilma, que se vale da própria dissimulação para fingir inocência, insiste em afirmar que é golpe o pedido de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados, mesmo depois dos rapapés do Supremo Tribunal Federal, mas fosse o Brasil um país sério e minimamente organizado a chefe do Executivo há muito a presidente já teria sido despejada do Palácio do Planalto. Isso porque no modelo clássico de impeachment o governante pode ser apeado do cargo quando perde a confiança da população. Segundo as últimas pesquisas de opinião, Dilma e seu governo estão no fundo do poço.

Em meados de 2006, quando Lula ensaiava os primeiros passos em sua campanha à reeleição, Dilma já era ministra-chefe da Casa Civil e com seu silêncio endossou a fala mentirosa do seu criador. Disse o lobista-palestrante, à época, que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. A ex-terrorista sabia que se tratava de uma mentira colossal, mas preferiu a covardia obsequiosa a criticar o então presidente.

Um ano antes, em março de 2005, Lula, o malandro oportunista que gazeteava Brasil afora, decretou intervenção na rede de hospitais da cidade do Rio de Janeiro, que enfrentava naquele momento situação menos crítica do que a atual. Mas àquela altura o objetivo do Planalto era “centrar fogo” em César Maia, então prefeito da Cidade Maravilhosa e adversário ferrenho do PT.

Se a crise dos hospitais públicos fluminenses estivesse ocorrendo em um estado governado por adversários do PT, por certo a gritaria já teria sido acionada, com direito a manifestantes pagos entupindo ruas e avenidas. Como Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro, é aliado de primeira hora e tem ajudado a petista a dar um golpe no rastro do pedido de impeachment, a ordem do momento é sair de cena.

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