Inflação oficial de 2015 chega a 10,67% e confirma a extensão de uma crise que só avança

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Quando lançou a tese da herança maldita para fustigar FHC e, tempos depois, criou o bordão “nunca antes na história deste país”, o então presidente Luiz Inácio da Silva, o agora lobista-palestrante Lula, sequer imaginava que suas expressões galhofeiras seriam um tiro no pé da estabanada era petista. Isso porque a condução da economia nos últimos treze anos foi um enorme desastre e levou o País a uma crise sem precedentes.

Prova disso é a escalada da inflação no período. Em 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alcançou a marca de 10,67%, maior taxa anual desde 2002 (12,53%). Esse resultado divulgado nesta sexta-feira 8) pelo IBGE mostra que o mais temido fantasma da economia chegou com facilidade à casa dos dois dígitos e superou com folga o teto do plano de metas estabelecido pelo governo, que é de 6,5%.

Com esse resultado, o poder de compra do trabalhador fica comprometido e, ato contínuo, o consumo interno despenca de forma preocupante. Tal cenário leva ao acirramento da crise, fazendo com que a economia, como um todo, comece a apresentar sinais de falência, situação que pode migrar para uma metástase, o que certamente seria um degrau abaixo do fundo do poço.


Enquanto a crise econômica tira o sono dos brasileiros, a presidente Dilma Rousseff, durante café da manhã com jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto – o encontro ocorreu na manhã de quinta-feira (7) – disse que o governo não tem um coelho na cartola para retomar o crescimento, mas garantiu que perseguirá a virada do jogo e, principalmente, a queda da inflação para o teto da meta. Certa de que é uma especialista em economia, o que todos sabem ser um equívoco, a petista não revelou como operará tal milagre.

A crise econômica é tão grave, que a inflação elevada transformou o investidor em caderneta de poupança em alguém fadado a perder dinheiro. Isso porque o mais popular e conservador investimento do País, que tem mais de 150 anos, proporciona rendimentos que perdem feio para a inflação oficial. Quando o assunto é inflação real, aquela que o cidadão enfrenta no cotidiano, a derrota é ainda maior.

Há dias, externando preocupação com a crise, Dilma anunciou que em 2016 dará prioridade à construção civil, uma vez que o setor, confirmando avaliações do UCHO.INFO, mergulhou em um cenário de dificuldades, com dispensa em massa de trabalhadores e suspensão de lançamentos imobiliários. Com a caderneta de poupança vivenciando um momento de mais retiradas e menos depósitos, o financiamento de imóveis sofre um golpe, que mesmo ligeiro passa a preocupar o mercado.

O ápice da esquizofrenia administrativa que infesta o Palácio do Planalto foi confirmado por declaração de Dilma Rousseff, que disse ter sido um erro o fato de o governo não ter enxergado, em 2014, a extensão da crise econômica. Acontece que naquele ano a petista concorria à reeleição e, portanto, estava preocupada em mentir aos bolhões e travestir a realidade. Nem mesmo os seguidos e numerosos avisos acerca da crise econômica foram suficientes para que Dilma enxergasse o tamanho do estrago. Enfim…

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