Em evento com discurso do presidente do Bradesco, Governo anuncia R$ 83 bi para expandir crédito

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Na quinta-feira (28), em pronunciamento na cerimônia de reinstalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “Conselhão”, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, defendeu a expansão do crédito adotando sete medidas. Segundo o ministro, elas têm potencial de elevar a oferta de crédito em R$ 83 bilhões.

Conforme publicado na quarta-feira pelo UCHO.INFO, entre as medidas Barbosa anunciou a autorização da utilização do R$ 17 bilhões do FGTS como garantia para o crédito consignado. A medida ainda precisa passar pela aprovação do Congresso Nacional.

O titular da Fazenda também apresentou a retomada da linha de pré-custeio do Banco do Brasil, na modalidade crédito rural, no valor de R$ 10 bilhões. Ele sugeriu a aplicação de recursos do FGTS em CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), liberando a capacidade de financiamento para novas operações, com objetivo de aumentar o crédito habitacional também no valor de R$ 10 bilhões.

Vale destacar que o maior empenho apresentado por Barbosa foi para agilizar a aplicação do FI-FGTS em infraestrutura, além da emissão de debêntures de infraestrutura, no total de R$ 22 bilhões.


O ministro sugeriu reabrir linha de capital de giro do BNDES, com garantia do FGI, e redução da taxa de juros, no total de R$ 5 bilhões. Também no banco de fomento, Nelson Barbosa anunciou a abertura de linha de refinanciamento para prestações do PSI e do Finame, no total de R$ 15 bilhões.

Para o mercado exportador, o ministro da Fazenda falou em aumento de prazo máximo e redução da taxa de juros da linha de embarque, medida avaliada em R$ 4 bilhões.

Trabuco

Para Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, o que angustia a população brasileira neste momento é como tirar o país da recessão.

“Cada um de nós é protagonista do que o país é hoje. Todos somos perdedores, pois na recessão todo mundo perde. Cada um de nós tem uma pauta própria de como sair do imobilismo. Dentro das pautas de cada um, haverá intenções para uma pauta de convergências. É preciso criar consequências deste encontro para ações compartilhadas. A crise é diferente de todas as outras, mas precisa ser resolvida no curto prazo. No longo prazo, o Brasil sempre será terra de oportunidades pela infindável força de seus trabalhadores”, declarou ele em um discurso que visivelmente não era esperado pela presidente Dilma.

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