Oposição traça ações para 2016 e repudia manobra de ministro da Saúde patrocinada por Dilma

camara_deputados_1002

Líderes do PPS, PSDB, DEM, SD e PSB começaram nesta terça-feira (16) a traçar estratégias de ações conjuntas para o embate político na Câmara dos Deputados em 2016. De início, os líderes reafirmaram a continuidade da união no combate aos desmandos do governo Dilma Rousseff e anunciaram que obstruirão a votação de medidas provisórias que estão na pauta da Casa.

Os parlamentares também divulgaram duas notas, sendo que a primeira reafirma a unidade de ação e deixa claro que as oposições não concordam com medidas de ajuste fiscal que penalizem o cidadão, como aumento de impostos ou recriação de tributos, como a CPMF.

Em outra nota, acusam a presidente Dilma Rousseff de interferir nos assuntos internos do Congresso ao permitir que o ministro da Saúde, Marcelo Castro, se licencie do cargo, em plena crise da epidemia do Zika vírus, e reassuma o mandato de deputado para votar e garantir a reeleição do líder do PMDB, aliado ao Palácio do Planalto.

Os deputados também querem aprovar nesta terça, no plenário da Casa, um requerimento para que o ministro explique o que está fazendo para combater a dengue, o Zika e outras epidemias que estão atingindo o País.


Para o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), a oposição precisa continuar unida para combater os malfeitos do governo. “Somos contra qualquer tipo de aumento de impostos. Também estamos unidos pela continuidade do processo de impeachment contra presidente Dilma, que há muito já não tem condições de governar”, afirmou o deputado, que também reiterou a posição da oposição em defesa do afastamento do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Impeachment

Já o vice-líder da Minoria na Câmara, deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), anunciou que os líderes da oposição se reúnem às 18 horas desta terça-feira (16) com o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar da apreciação dos embargos impetrados pela Câmara contra decisão da Corte que anulou a eleição da comissão especial que iria analisar o processo de impeachment contra a presidente Dilma.

“Nós entendemos que há uma interferência indevida e, sobretudo, que desautoriza e reduz a legitimidade e o papel dessa Casa no rito do impeachment”, ressaltou Jungmann.

apoio_04