Até 2018, Brasil terá nova estação científica na Antártica; anterior foi destruída por incêndio

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Nesta segunda-feira (29), os ministros Aldo Rebelo (Defesa) e Celso Pansera (Ciência, Tecnologia e Inovação) lançaram a pedra fundamental da nova base científica do Brasil na Antártica. A nova estação está localizada na Península de Keller, terá 17 laboratórios e comportará 64 pessoas em uma área de 4.500 m².

A base, que é parte essencial do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), está em processo de reconstrução após um grande incêndio, que ocorreu em fevereiro de 2012 e destruiu cerca de 70% das instalações. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos morreram no combate às chamas.

Apesar do ocorrido, a base continuou em funcionamento devido à instalação dos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE). Permaneceram intactos os laboratórios de estudo da alta atmosfera, de química e de meteorologia, e os dois módulos de captação de água doce.


A edificação, chamada de Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), começou a ser reconstruída em dezembro do ano passado com o auxílio da China Electronics Imports and Exports Corporation (CEIEC), que ganhou a licitação internacional com a proposta de 99,7 milhões de dólares, considerada a mais vantajosa, de acordo com a publicação do Diário Oficial da União.

Segundo informações do Ministério da Defesa, a estação tem um conceito de planejamento similar ao que seria empregado em uma cidade de pequeno porte. A construção da base deve ser concluída em 2018 – a previsão inicial era que a nova estação operasse já em 2016.

Criado em 1982 com o objetivo de alimentar projetos de cunho científico, o Programa Antártico Brasileiro realiza anualmente cerca de 20 pesquisas nas áreas de oceanografia, biologia, geologia e meteorologia.

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