“Após delação de Delcídio, Dilma não pode ficar nem mais um minuto na Presidência”, afirma Caiado

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A notícia da delação premiada feita pelo senador Delcídio Amaral (sem partido – MS), que acusou Dilma e Lula de envolvimento no Petrolão, caiu com bomba no Palácio do Planalto, onde a presidente da República comanda reunião de emergência com os principais assessores.

No depoimento prestado à força-tarefa da Operação Lava-Jato, Delcídio confirmou o que o UCHO.INFO sempre afirmou: que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção que funcionou durante uma década Petrobras. Até porque, o projeto ilícito criado para substituir o Mensalão do PT foi instalado na estatal com o explícito consentimento do então presidente. Para completar, o senador afirmou Às autoridades que Lula foi o mentor da conversa com o filho de Nestor Cerveró, a qual o levou à prisão.

Sobre Dilma, o senador disse que a presidente tentou interferir algumas vezes no andamento da Lava-Jato e que tinha conhecimento sobre as irregularidades que marcaram a compra da obsoleta e superfaturada refinaria de Pasadena, no Texas.

Detalhes sobre a colaboração premiada de Delcídio, que ainda depende de homologação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou reações diversas no Congresso Nacional. Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) reagiu prontamente à notícia que compromete Dilma e seu antecessor.


Para o democrata, a tentativa de Dilma de interferir nas investigações da Lava-Jato articulando a indicação de ministros para tribunais superiores e o fato de Lula ter sido o mentor da reunião com o filho de Cerveró são motivos mais que suficientes para que a presidente se afaste do Palácio do Planalto.

“Temos que reconhecer que a delação do senador Delcídio, o principal representante do governo no parlamento, sinalizou para tudo aquilo que se suspeitava, mas que ainda não havia um relato tão claro e influente. Dilma não pode ficar nem mais um minuto na Presidência. E a Justiça precisa agir no caso de Lula, que participou da mesma obstrução às investigações que levou à prisão do senador”, defendeu Caiado.

TSE

Ronaldo Caiado acredita que a delação obriga a dar mais celeridade ao processo de impugnação de mandato eletivo, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode cassar a chapa Dilma-Temer. “Sinceramente, com todos os dados que foram hoje convalidados, indica-se muito mais uma derrubada da chapa e a antecipação da eleição. Todo esse processo foi feito no intuito de respaldar aquela chapa”, afirmou o senador.

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