Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades responsáveis e corajosas, Gilberto Carvalho, o ex-sacristão do Palácio do Planalto, já estaria preso. Não fosse pelas gravações telefônicas pós-assassinato de Celso Daniel, por certo seria por incitação ao crime. (Os principais trechos das gravações estão ao final da matéria)
Ex-secretário da Presidência da República e um dos mais obedientes aduladores do lobista-palestrante Lula, Gilberto Carvalho faz ameaças e incitação à violência em entrevista concedida à jornalista Natuza Nery, do jornal “folha de S. Paulo”.
Sobre a Operação Lava-Jato, Carvalho que ainda deve explicações sobre o brutal e covarde assassinato de Celso Daniel, disse que a investigação busca “fazer justiçamento, não justiça”. O ex-secretário pode pensar o que bem quiser, assim como toda a “companheirada”, mas ninguém está acima da lei, em especial um partido que se dedicou ao banditismo político como forma de se perpetuar no poder e enriquecer seus próceres.
“O doutor Sergio Moro tem uma necessidade de provar que os agentes do PT formam uma quadrilha e que o capo dessa quadrilha agora é o presidente Lula”, declarou Gilberto Carvalho. Se todas as decisões do juiz Sérgio Fernando Moro não foram contestadas ou anuladas por outras instâncias do Judiciário, que Gilberto Carvalho contente-se com a própria insignificância, pois nenhum cidadão está livre de acertar contas com a Justiça.
Sobre a eventual prisão de Lula no escopo da Lava-Jato, o que já deveria ter ocorrido, pois sobram motivos para tanto, Carvalho fez sua primeira ameaça, como se o besteirol truculento dos petistas causasse medo em alguém. “Não quero falar nessa hipótese. Espero que não brinquem com fogo”, afirmou.
Ora, Lula sempre soube do Petrolão, esquema de corrupção que funcionou durante uma década na Petrobras, por isso deveria, no mínimo, ser condenado por prevaricação. Muitas são as declarações de delatores que colocam Lula em situação de extrema dificuldade. A delação do senador Delcídio Amaral é possivelmente a pior de todas.
De tal modo, Lula está sujeito à legislação vigente e, confirmada sua participação no maior esquema de corrupção da História, poderá ser preso a qualquer momento, mesmo que os petistas façam essas ameaças boquirrotas, típicas de quem não aceita a derrota política.
Questionado sobre o que poderá acontecer nas ruas do País no próximo domingo (13), quando manifestantes protestaram contra a corrupção e a favor do impeachment de Dilma Rousseff, o petista disse que depende “do comportamento da PF, do Ministério Público e do Judiciário. Se houver um reequilíbrio e ficar claro que a Lava Jato busca combater a corrupção, não o Lula, acho que a sociedade vai compreender”. Em outras palavras, Gilberto Carvalho quer a imediata criação de uma Estado de exceção, no qual os delinquentes do partido continuem à sombra da impunidade.
Gilberto Carvalho foi além ao falar sobre as manifestações de 13 de março e disse: “Se continuar tão explicitamente como foi demonstrado na sexta e em outras ocasiões, esse direcionamento persecutório de uma força política de um líder, como é o caso do Lula, aí eu temo muito por um processo que nos leve ao que acontece na Venezuela, porque você vai levar ao processo de justiçamento, de justiça com as próprias mãos, e haverá um ódio progressivo”.
Carvalho integra a súcia petista que passa a maior parte do tempo incensando Lula e negando os crimes cometidos pela legenda, a ponto de ser comparada a uma organização criminosa. É importante ressaltar que o Brasil, em termos institucionais, está longe de ser a Venezuela, mesmo que Nicolás Maduro, Evo Morales e Raúl Castro tenham declarado apoio ao ex-metalúrgico.
Essa declaração de Gilberto Carvalho é mais do que suficiente para justificar sua prisão, pois fica clara a disposição de incitar a militância para rumar na direção do confronto, no melhor estilo guerra civil. Ao contrário do que pensa essa párea petista, o Brasil ainda é uma democracia e a Constituição Federal prevê o chamamento das Forças Armadas, por qualquer dos Poderes constituídos, para a manutenção da ordem e da lei.
Se existe a possibilidade de algo grave ocorrer nas ruas de várias cidades brasileiras no próximo domingo, isso é reflexo da lufada de pânico que o PT tenta despejar sobre a parcela de bem da sociedade. Considerando que oito em cada dez brasileiros clamam pelo fim da corrupção e cobram o impeachment de Dilma, se os sicários petistas saírem às ruas dispostos ao enfrentamento, Gilberto Carvalho verá que o Estado Democrático de Direito ainda está em vigor, assim como a obrigação de qualquer governante manter a lei e a ordem.
Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo UCHO.INFO. Em uma delas, o ex-ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.