Páscoa: vendas devem cair 3,4%, avalia CNC; Dilma consegue azedar até feriado santo

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Preocupada em salvar a própria pele e recuperar o apoio político do PT a partir das defesas insanas que faz do lobista-palestrante Lula, que cada vez mais afunda na lama da Operação Lava-Jato, a presidente Dilma Rousseff conseguiu a proeza de estragar o lado doce da Páscoa. Isso porque o comércio prevê uma derrocada na venda de ovos de chocolate, iguaria que pela sua forma remete ao renascimento de Cristo, passagem importante para os católicos de todo o planeta.

De acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), na Páscoa, primeira data importante do ano para o varejo, as vendas do setor devem registrar queda de 3,4%, na comparação com o mesmo período de 2015. Já os preços estão bem mais salgados.

No caso de a projeção da CNC se confirmar, este será o segundo ano seguido de queda nas vendas da Páscoa. De igual modo será o pior resultado desde a retração de 5,3% registrada na mesma data comemorativa em 2004.

Segundo a entidade, a melhor Páscoa para o varejo nacional aconteceu em 2010, quando as vendas registraram alta de 9,3%. Isso porque àquela altura os brasileiros ainda não tinham se dado conta da obtusa política econômica adotada por Lula e que continuou na mesma toada com Dilma Rousseff.

A previsão é que o único setor que deve registrar elevação nas vendas, nesse período, será o de supermercados e hipermercados, com faturamento R$ 2,8 bilhões maior que em 2015.

Preços nas alturas

Em relação aos preços dos produtos típicos dessa época do ano, a CNC constatou que a cesta de bens e serviços típicos desta data teve alta média de 13,6% nos preços, a maior desde a Páscoa de 2003, quando avançou 26%.

Entre os produtos e serviços pesquisados pela entidade, apenas os preços das passagens aéreas caíram em relação a 2015. A alta mais acentuada foi do azeite de oliva, que ficou 28,3% mais caro. Também registraram forte alta os preços dos combustíveis (21,1%), chocolate em barra e bombom (13,3%), bolo (12,7%), bebidas alcoolicas (12,6%) e refrigerantes e água mineral (12,5%).


A mordida do Leão

Com o recuo nas vendas da Páscoa, o governo perde com a arrecadação de impostos, pois é criminosa a carga tributária incidente sobre os produtos típicos do período. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o Leão não dá trégua nem mesmo em feriado santo. Entre os produtos mais consumidos na Páscoa, a maior carga de tributos incide sobre o vinho, cuja tributação chega a 54,73%, seguido do bacalhau importado (43,78%).

Quem insistir em presentear pessoas próximas com ovos de Páscoa deve se preparar. A carga tributária de um cobiçado ovo de Páscoa é 38,53%. Contudo, quem resolver driblar o Leão optando por bombons ou chocolate em barra não terá muito sucesso. No caso dos bombons a carga tributária é de absurdos 37,61%, enquanto que no caso do chocolate em barra a mordia é ainda maior: 38,60%. Na colomba pascal, também conhecida como o panetone da Páscoa, os tributos representam 38,68% do preço.

Os chocólatras devem se preparar, já que a partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador, uma carga tributária maior incidirá sobre o chocolate. Sem contar que alguns ingredientes para a fabricação do chocolate são importados, ou seja, com preços em dólar.

Presidente do IBPT, João Eloi Olenike alerta que, doçuras e comemorações à parte, a única preocupação do governo atualmente é reduzir o rombo das contas públicas, sem adotar qualquer medida no âmbito do enxugamento da aparelhada máquina pública.

“O mercado ainda não absorveu os reajustes tributários recentes, mas certamente estes, em breve, surtirão seus efeitos na mesa do consumidor, que pagarão mais caro por estes itens, pois a maioria dos tributos estão embutidos no preço final dos produtos”, destaca Olenike.

O presidente do IBPT aconselha o consumidor a pesquisar atentamente os preços dos produtos se quiser economizar. “As famílias brasileiras poderiam consumir mais e melhor na Páscoa se não tivessem altos tributos encarecendo o preço dos produtos”, desabafa.

Confira abaixo a carga tributária dos principais produtos consumidos na Páscoa:

Almoço em restaurante – 32,31%

Bacalhau importado – 43,78%

Bombons – 37,61%

Cartão de Páscoa – 37,48%

Chocolate – 38,60%

Coelho de Pelúcia – 29,92%

Colomba pascoal Chocolate – 38,68%

Hospedagem em hotel – 29,56%

Ovo de Páscoa – 38,53%

Passagem aérea – 22,32%

Peixes – 34,48%

Refrigerante (lata) – 46,47%

Refrigerante garrafa – 44,55%

Vinho – 54,73%

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