Delações em negociação devem piorar a situação de Lula e Dilma e mandar o governo pelos ares

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A ofensiva do Palácio do Planalto e do Partido dos Trabalhadores deve aumentar nos dias vindouros, não apenas porque no próximo domingo (13) acontecerão manifestações em todo o País contra o desgoverno de Dilma Rousseff e a corrupção desenfreada imposta pela “companheirada”.

O principal motivo para o comportamento de Dilma e seus camaradas é o cipoal de delações premiadas que deve surgir mais adiante, além da bombástica colaboração do senador Delcídio Amaral, que contou tudo e mais um pouco sobre o Petrolão, o maior esquema de corrupção da História.

Ex-diretor da Petrobras, onde durante dez anos o Petrolão correu solto, e outrora parceiro de José Janene, finado deputado que criou a avalanche de estripulias protagonizadas na estatal, Delcídio é o que se pode chamar de homem-bomba, arquivo ambulante. Sua delação, com mais de quatrocentas páginas, depende apenas de homologação do Supremo Tribunal Federal (STF), mais precisamente do ministro-relator Teori Zavascki.

No contraponto, outros acordos de colaboração premiada estão sendo negociados com a força-tarefa da Operação Lava-Jato. Um dos que negociam é o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do lobista-palestrante Lula e acusado de contrair empréstimos bancários para repassar recursos ao PT, além de ter participado da reforma do fatídico sítio de Atibaia, que o ex-metalúrgico, em todo que mescla deboche e ameaça, nega ser o verdadeiro dono.


Mas o pavor dos palacianos não termina nesse ponto. Ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro também avança no acordo de colaboração premiada. Diante da decisão do STF que obriga o imediato cumprimento de penas condenatórias proferidas em segunda instância, Pinheiro resolveu contar o que sabe para eventualmente diminuir a pena imposta pelo juiz Sérgio Moro e escapar de longa temporada atrás das grades.

No âmbito da Construtora Norberto Odebrecht, empreiteira investigada na Lava-Jato, ex-executivos da empresa já iniciaram as negociações com a força-tarefa. O presidente afastado da empreiteira, Marcelo Odebrecht, preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, resistiu durante quase nove meses, mas acabou decidindo soltar o verbo. Odebrecht, cujo pai fez graves ameaças a Lula e Dilma por ocasião da sua prisão, não tinha outra saída diante das muitas provas de envolvimento da construtora no esquema de corrupção.

Caso as delações acima prosperem e a de Delcídio Amaral seja homologada, a situação de Lula e Dilma tende a piorar em progressão geométrica em questão de poucas semanas. Isso porque o conteúdo das declarações promete ser tão explosivo quanto comprometedor. E restará aos petistas qualquer chance de explicar o inexplicável.

Quando Bumlai e Lula contarem o que guardam em segredo, a República dificilmente continuará de pé, pois os respectivos alicerces já terão sido atingidos pelo depoimento devastador de Delcídio Amaral, que até meses atrás era líder do governo no Senado, mas agora é tratado pelos petistas como mentiroso, rancoroso, desesperado e outros tantos adjetivos que refletem a essência daqueles que oram o acusam.

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