Lava-Jato: PF prova que Lula não pode negar ser o dono do sítio em Atibaia; petista diz ser emprestado

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A Polícia Federal vem provando, no âmbito da Operação Lava-Jato, que a farsa criada por Lula para escapar do escândalo do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), começa a desmoronar de maneira impressionando, o que impedirá o lobista-palestrante de continuar insistindo na mentira.

Lula alega que usa com frequência – um ou duas vezes por mês – a propriedade rural registrada oficialmente em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna Filho, mas as evidências encontradas pelos policiais durante a busca e apreensão realizada no último dia 4 de março (Operação Aletheia) desmente o ex-presidente.

A PF apreendeu no apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo, uma minuta de compra e venda do imóvel, sem assinaturas, o que não significa que a propriedade não tenha sido transferida para alguém da confiança da família do ex-metalúrgico. Peritos criminais da PF que estiveram no sítio relataram, em laudo, as muitas evidências que levam a crer ser a propriedade da família Lula da Silva.

Apenas com base no relatório elaborado pelos peritos criminais, Lula deveria admitir que o imóvel lhe pertence e que o mesmo é fruto de corrupção. Afinal, sua vida política está por um fio e continuar mentindo só piorará o cenário que é de extrema gravidade.

Não bastassem as constatações feitas durante a Operação Alatheia (24ª fase da Operação Lava-Jato), a Polícia Federal monitorou, com a devida autorização judicial, as ligações de Luiz Inácio da Silva, como já noticiado, e deparou-se com nova evidência que coloca Lula como dono do imóvel.

Lula telefona para o caseiro para informar que na manhã seguinte estará no sítio e pergunta sobre a chave do imóvel, ao que o empregado responde que a mesma encontra-se com Marcos. A PF suspeita que se trata de Marcos Lula da Silva, filho do ex-presidente. Ora, se o sítio é de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, não há razão pata a chave ficar com o filho de Lula.

Lula: Ô Azevedo, sou eu.

Funcionário: Boa noite, presidente, pode falar.

Lula: Deixa eu falar uma coisa pra você. A chave do sítio tá com o Marcos, né?

Funcionário: Sim senhor

Lula: Você precisa entrar em contato com ele porque eu não sei que hroas ele vão chegar, vão chegar tarde pra cacete., pra gente pegar a chave amanhã de manhã, porque nós vamos pro sítio cedo amanhã

Funcionário: Ah, sim senhor, tá ok. Eu vou tentar falar com a dona Carla agora. Tá bom?

Lula: Tá bom

Funcionário: Tá ok, presidente


Em outro grampo, Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, telefona para o caseiro do sítio, identificado como “Maradona”, e informa que Kalil Bittar está indo até o local para um churrasco. Kalil é irmão de Fernando Bittar, que Lula afirma ser um dos donos do sítio que ele frequentou 111 vezes desde que deixou o Palácio do Planalto. Se o irmão de um dos donos do sítio precisa da autorização do filho de alguém que apenas frequenta o local para ir até a propriedade, é porque o mesmo não pertence aos sócios de Lulinha, mas ao seu pai, que tomou gosto pela mitomania.

Fábio: O irmão do Fernando, o Kalil, ta indo praí.

Maradona: Ah, tá bom.

Fábio: Ele te ligou do número 019 e acho que você não atendeu.

Maradona: Ah, é que eu tava lavando os pedalinhos ali no lago, ô, Fábio, eu vi agora tem uma ligação perdida mas eu nem vi de quem que é.

Fábio: É, é dele, se você puder retornar, retorna, senão ele vai ligar de novo e aí você atende.

Maradona: Ah, então tá bom, Fábio (…)

Fábio: Ele tá indo praí, qualquer coisa você me liga, tá?

Maradona: Tá bom, Fábio, pode deixar.

Em outro grampo, a PF flagrou uma conversa entre Renata, esposa de Lulinha, com Kalil Bittar. Segundo os policiais, “Kalil diz que está na casa daquela acumuladora chamada Marisa Letícia. Kalil fez uma ‘limpa’ na geladeira, porque ela estava cheia de comida vencida, que foi comer um hamburguerzinho, mas que estava vencido desde antes da eleição de Dilma. Kalil diz que abriu um vinho que deve ser muito caro, porque tem até número de série. Renata diz que não tem problema”.

Em outro trecho do diálogo, um detalhe também comprometedor: “Kalil diz que olhou no quarto da família, e que a arma que o presidente tem é uma lanterna”.

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